Seleção feminina dos EUA joga mal, mas confirma favoritismo e derrota a França

Frederico Ribeiro e Cristiano Martins
esportes@hojeemdia.com.br
06/08/2016 às 18:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:12
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O clima de tensão invadiu o Mineirão no fim da noite deste sábado (6). Mas apenas dentro de campo. Na segunda rodada do torneio olímpico de futebol feminino em Belo Horizonte, Estados Unidos e França batalharam muito pela vitória. Melhor para as norte-americanas, que mesmo apresentando um futebol abaixo das possibilidades, foram oportunistas e venceram por 1 a 0.

Fora das quatro linhas, o clima da chegada e saída de torcedores foi totalmente tranquilo e pacíficio. Perímetros de isolamento e segurança reforçada deixaram o confronto entre países visados por grupos terroristas fora de qualquer ameaça de atentado.

O Gigante da Pampulha foi palco de uma partida de primeira classe. De um lado, as bicampeãs  olímpicas (Atenas 2004 e Londres 2012). Do outro, a base do Lyon, decacampeão francês e atual dono da Champions League feminina. Vencedoras na primeira rodada e brigando pela liderança do Grupo G, ambas as equipes fizeram modificações no time titular.

As atletas mais conhecidas do público, porém, estavam em campo. A goleira Hope Solo voltou a ser alvo de vaias e gritos referentes ao post no Twitter sobre o zika vírus. Não se abalou, entretanto, e salvou chances claras de gol da França. Já a melhor do mundo, Carli Lloyd, camisa 10 e capitã, brilhou na hora certa, aproveitando rebote da trave para marcar o gol da vitória.

O público, mais empolgado e participativo, compareceu em número razoável (11.782 pagantes, pouco superior ao de quarta-feira), mas abaixo da expectativa da partida, ocupando apenas o anel inferior do Mineirão. A torcida mineira ficou ao lado dos franceses, e as meninas de azul dominaram as ações, incentivadas até com gritos de "eu, acredito" e "allez le bleus".

A capitã Wendie Renard fez inveja a Leonardo Silva, Erazo, Bruno Rodrigo e Manoel, com desarmes e coberturas perfeitas. Ainda usou a estatura para cabecear uma bola na trave. Porém, nada pôde fazer no gol sofrido, quando a lado direito da defesa ficou vazio no ataque dos EUA.

Mesmo tendo a posse de bola, as francesas abusaram da ligação direta no segundo tempo. Renard, dona da defesa, passou a ser a arma ofensiva nos balões para a área. Mas Solo estava vacinada e foi figura-chave para vitória dos EUA, que se classificaram para a próxima fase. A França, agora, precisa vencer a Nova Zelândia para se manter viva na Olimpíada. As duas delegações deixam Belo Horizonte e seguem para Manaus e Salvador, respectivamente.

FICHA TÉCNICA

Estados Unidos 1 x 0 França

EUA: Hope Solo; O'Hara; Engen, Sauerbrunn e Klingenberg (Press); Dunn (Krieger), Long, Brian e Heath; Lloyd (Horan) e Morgan. Técnica: Jill Ellis

França: Bouhaddi; Houara, Mbock Bathy, Renard e Majri; Henry, Bussaglia e Abily (Hamraoui); Diani, Cadamuro (Thomis) e Delie (Lagovez). Técnico: Philippe Bergeroo

Gol: Carli Lloyd, aos 18 minutos do segundo tempo
Arbitragem: Claudia Umpierrez, auxiliada por Loreto Toloza e Neuza Back.
Cartões amarelos: Dunn (EUA); Mbock Bathy (FRA)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por