Seleção masculina de handebol empata com Egito e fica perto das quartas no Rio

Estadão Conteúdo
Publicado em 13/08/2016 às 19:54.Atualizado em 15/11/2021 às 20:21.

Não foi como se imaginava, mas ao menos a seleção brasileira masculina de handebol conseguiu, neste sábado (13), arrancar um empate que a deixa perto da classificação às quartas de final da Olimpíada do Rio. Jogando com a Arena do Futuro abarrotada, transformada em um caldeirão pela torcida, o Brasil ficou atrás do placar o tempo todo e só conseguiu o empatar faltando pouco mais de um minuto para o final do duelo que terminou em 27 a 27.

O veterano Maik, único que esteve em Pequim-2008 e tem experiência olímpica, pegou um tiro de 7 metros a 16 segundos do fim. Mas depois a seleção falhou na busca pelo gol da vitória.

Com o empate, a equipe, que já havia batido Alemanha e Polônia, além de ter perdido da Eslovênia, chegou aos cinco pontos, um a menos do que os alemães e os eslovenos. Os poloneses somam dois, mas ainda jogam pela quarta rodada, contra a lanterna Suécia, que até agora só perdeu. Já o Egito está com três pontos, enquanto a Polônia soma dois. No handebol, vale lembrar, a vitória vale dois pontos. A derrota, nenhum, enquanto o empata dá um.

Com isso, o Brasil só ficará fora da próxima fase se perder da Suécia, na próxima segunda-feira, e a Polônia vencer seus dois jogos, um deles diante dos suecos, ainda neste sábado, e o Egito também vencer seu último duelo, além de tirar a diferença do saldo de gols do Brasil. Em caso de vitória da Suécia sobre a Polônia neste sábado, o Brasil estará classificado antes mesmo da rodada final.

O JOGO - Assim como aconteceu na derrota para a Eslovênia, o Brasil fez um primeiro tempo ruim, ficando atrás no placar absolutamente o tempo todo. O Egito abriu o placar, até levou o empate na sequência, mas logo abriu 3 a 0. Com dois gols de Chiuffa, o Brasil voltou a empatar, em 3 a 3. Depois, entretanto, não conseguiu mais encostar.

Com as duas pontas bem marcadas, o Brasil era dependente das jogadas pelo meio da quadra e da iniciativa de Thiagus. Enquanto isso, o Egito encontrava facilidade para ultrapassar a linha de 9 metros. Bombom até fez a parte dele - foram sete defesas só no primeiro tempo -, mas a vantagem de três gols aberta em 10 a 7 se manteve quase até o intervalo.

No segundo tempo, a Arena do Futuro voltou a ser o caldeirão visto em outras partidas do Brasil, mas o time da casa não correspondeu. Mesmo nos momentos que tinha um jogador a mais em quadra - os egípcios receberam mais punições de dois minutos -, o time não conseguia encostar. A diferença chegou a cair para um gol (17 a 16), mas logo voltou a três.

Nem quando o Egito ficou com dois jogadores a menos e apenas quatro atletas de linha em quadra o Brasil conseguiu reduzir a vantagem. Pelo contrário: perdeu um ataque e tomou um gol.

A reação só começou de verdade nos dez minutos finais, quando Haniel e João colocaram o Brasil a um gol do Egito. A torcida voltou para o jogo e o duelo passou a ser lá e cá. A cada ataque - de qualquer um dos lados -, um gol. Quando Lucas Cândido encerrou a sequência parando no goleiro rival, o Egito desperdiçou o ataque.

A 1min16s para o fim do jogo, Haniel aproveitou o contra-ataque iniciado por uma defesa de Maik e deixou tudo igual em 27 a 27. O Egito esteve perto de assegurar o triunfo com um tiro de 7 metros, mas Maik salvou e garantiu a igualdade para o Brasil.

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