Seleção que jogará nos EUA só tem dez remanescentes da Copa América de 2015

Estadão Conteúdo
23/05/2016 às 08:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:33

(Wander Roberto/VIPCOMM)

Um ano se passou entre a Copa América realizada no Chile e a que começa no início do próximo mês nos Estados Unidos. Da seleção brasileira que parou nos pênaltis contra o Paraguai nas quartas de final e a que tentará o título da disputa em comemoração ao centenário da Conmebol e do próprio torneio - antes chamado de Campeonato Sul-Americano - muita coisa mudou. Apenas dez jogadores que fizeram parte daquele grupo estão entre os atuais 23 eleitos do técnico Dunga.

Os "sobreviventes", que começaram a se apresentar neste domingo em Los Angeles para iniciar a preparação visando à estreia de 4 de junho contra o Equador, são o lateral-direito Daniel Alves, o zagueiro Miranda, o lateral-esquerdo Filipe Luís, os meio-campistas Elias, Casemiro, Willian e Phillipe Coutinho e o atacante Douglas Costa. Além do lateral-direito Fabinho e do zagueiro Marquinhos, ambos com idade olímpica e presentes nas convocações para as duas Copas América.

Poderiam ser 11, mas Neymar não estará nos Estados Unidos, pois terá de descansar agora por exigência de seu clube, o Barcelona, para então defender a seleção olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio.

A Olimpíada que se aproxima teve algum reflexo na mudança profunda no grupo promovida por Dunga. O treinador trouxe para os Estados Unidos sete jogadores com idades para tentar o ouro inédito pelo Brasil, para observá-los, testá-los e, de certa forma, já ir preparando-os para os Jogos.

Além de Fabinho e Marquinhos, foram convocados o goleiro Ederson, o zagueiro e Rodrigo Caio, o lateral-esquerdo Douglas Santos, o meio-campista Rafinha Alcântara e o atacante Gabriel. Esses sete só não estarão na equipe olímpica se forem muito mal, fora e dentro de campo, na Copa América.

Mudanças

Mas há outro fator que influiu na alteração do grupo. Vários jogadores que foram ao Chile em 2015 estão hoje "queimados" com Dunga e a comissão técnica. Podem até ter nova chance na seleção, mas tudo indica que não em um futuro muito próximo.


Encaixam-se nesse critério o goleiro Jefferson, que caiu em desgraça tanto por falhar contra o Chile na estreia da Copa América de 2015 como por reclamar publicamente da barração, o zagueiro Thiago Silva, pela "mão boba" que levou o Brasil à disputa por pênaltis e a posterior eliminação no jogo com o Paraguai, e David Luiz, pelo conjunto da obra de erros em vários dos jogos recentes da seleção. Diego Tardelli, Everton Ribeiro e Robinho também parecem que ficaram no passado.

Dunga não comenta diretamente as mudanças por atacado. Mas não se cansa de dizer que, na seleção, jogador que bobeia perde o lugar. Para ele, que está em situação desconfortável pela fraca campanha da seleção nas Eliminatórias, o que importa no momento é montar time, e grupo, que se mostre capaz de obter bons resultados. "A seleção tem de ser competitiva, mas também deve usar o talento. Temos de ter jogadores que driblam, buscam o gol, buscam o resultado", disse recentemente.

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