O clássico contra o Cruzeiro, no último domingo, foi a última oportunidade de o torcedor do Atlético ir ao Mineirão para torcer. No calendário alvinegro, o Gigante da Pampulha só voltará à cena em 2016.
No domingo, o Galo vai receber o Flamengo, um adversário de peso suficiente para se pensar o Mineirão como local da partida, mas o confronto será no Independência, ao contrário do que ocorreu na semifinal da Copa do Brasil do ano passado.
O curioso é que o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, entendia como justificável usar o Mineirão para o restante do Brasileirão em jogos que envolvessem adversários de grande porte, tanto em relação à rivalidade quanto à briga na tabela.
Com isso, eram Flamengo e Corinthians os candidatos escolhidos – o outro grande que encara o Galo em BH é o Internacional, mas o colorado gaúcho, pelo menos neste momento, não briga pelo título como o alvinegro mineiro.
Contra o Timão, numa possível decisão antecipada do Brasileirão, Nepomuceno já havia confirmado a escolha do Horto, até por uma questão de estratégia.
No Independência, o Galo pode exercer maior pressão em cima do adversário, utilizando a pouca distância entre o primeiro lance de arquibancada e o gramado da arena.
Prazo encerrado
O Atlético, se quisesse atuar na Pampulha diante do Rubro-Negro carioca, deveria ter entrado com pedido de mudança de campo no último dia 10, conforme prazo estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de dez dias antes da partida.
Mas não houve acordo entre o clube e a Minas Arena, consórcio que administra o Mineirão.
A diretoria alvinegra tinha encontrado um melhor caminho de negociação com a empresa, tanto que exerceu o mando de campo no Gigante diante de Joinville, São Paulo, Sport e Grêmio, todos no primeiro turno. Entretanto ocorreram mudanças na estrutura da concessionária do estádio, dificultando as conversas entre as duas partes.
Dentro do contrato
O vínculo comercial existente entre Atlético e BWA determina que o Galo faça jogos no Independência como mandante.
Há uma cláusula que libera seis datas por ano para o clube mudar de “casa”.
Em 2015, o alvinegro utilizou o Mineirão também na final do Estadual contra Caldense, somando cinco jogos em 2015. Ou seja, poderia usá-lo mais uma vez sem ferir o contrato com a administradora do Horto.