O semblante sério dos jogadores evidencia. A semana será tensa para Atlético e Cruzeiro. Pela frente, duas decisões que vão decretar os objetivos de alvinegros e estrelados no restante da temporada. E a missão não será fácil. Ambos terão que reverter a vantagem dos adversários para continuar sonhando em levantar o caneco da Libertadores.

O Cruzeiro terá que superar o Cerro Porteño, na quarta-feira (30), às 22 horas, em Assunção, no segundo confronto das oitavas de final. No duelo de ida, no Mineirão, empate em 1 a 1. Para continuar vivo, os estrelados precisam vencer os paraguaios no “território inimigo” ou empatar com mais de dois gols de diferença. Se repetir o marcador do Gigante da Pampulha, a vaga nas quartas de final será decidida nos pênaltis.

No caso do Atlético, a tarefa também será árdua. O time recebe o Nacional de Medellín na próxima quinta-feira, às 19h15, no Independência, precisando vencer por dois ou mais gols de diferença para carimbar sua vaga. No confronto de ida, na última quarta-feira, na Colômbia, o Galo foi superado por 1 a 0.

Em outros momentos, a Massa alvinegra teria motivo para ficar otimista. Afinal, uma das marcas da inesquecível conquista da Libertadores, em 2013, foi reverter placares considerados impossíveis no Independência, palco batizado pela torcida como “inferno alvinegro”.

Nesta temporada, no entanto, o emblemático “caiu no Horto, tá morto” não tem surtido tanto efeito. O Galo vive momentos turbulentos após a demissão de Paulo Autuori. Novo comandante, Levir Culpi corre contra o tempo para montar o novo esquadrão. Na sua estreia, no último domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre, derrota por 2 a 1 e muitos problemas pela frente.

Mesmo assim, os jogadores estão confiantes para o confronto com os colombianos. “Todo mundo sabe que a fase não está boa, mas temos confiança em conseguir um resultado positivo. Quinta-feira é o jogo do ano”, afirma o atacante Diego Tardelli.

Risco pela frente

Na Toca da Raposa, mesmo que o ambiente não esteja tão conturbado, os jogadores sabem que um descuido pode comprometer o objetivo do clube no ano. Por isso, o discurso é manter a tranquilidade.

Uma preocupação é o histórico de gols sofridos nos minutos finais das partidas, que tem sido uma marca da equipe de Marcelo Oliveira desde o ano passado. E numa decisão, esse é um risco que precisa ser afastado.

“A melhor maneira de jogar no Paraguai é não entrar desesperado e saber que temos totais chances de vencer. Aproveitar as oportunidades, sabendo que será uma partida muito difícil”, destaca o lateral paraguaio Samudio.