A boa fase dos duplistas Marcelo Melo e Bruno Soares foi coroada no sábado com a vitória sobre a Rússia e a volta do Brasil à elite da Copa Davis. E isso aconteceu justamente nove meses depois da separação dos mineiros. Para eles, a decisão tomada em 2011 foi a mais acertada.
"Eu sempre falei que (a separação) não foi por não acreditar. Foi simplesmente para tentar coisas diferentes, ver a coisa de uma maneira diferente. Fez bem para nós dois", avaliou Soares.
Depois de dois anos atuando juntos, o tenista sugeriu o fim da dupla a Marcelo Melo e ambos buscaram novas parcerias no circuito mundial. E foram muito bem-sucedidos. Soares tem obtido bons resultados ao lado do austríaco Alexander Peya, além de ter conquistado o título de duplas mistas no US Open deste ano, ao lado de Ekaterina Makarova.
Melo, por sua vez, faz a melhor temporada de sua carreira. Ao lado do croata Ivan Dodig, chegou às quartas de final em Roland Garros e Wimbledon e às semifinais no Masters 1.000 de Cincinnati. Além disso, o brasileiro está em 19.º no ranking de duplas da ATP, apenas uma posição atrás de sua melhor marca.
Ele admite que passou por um momento difícil logo após a separação da dupla, mas que hoje enxerga isso de maneira positiva. "No início, eu não tive bons resultados porque estava meio perdido. Eu estava na situação de não ter parceiro fixo, e isso estava mexendo com a minha cabeça. Depois que comecei a jogar com o Ivan, tive meu melhor ano. Agora eu vejo que foi bom", analisa.
Bruno Soares e Marcelo Melo estão satisfeitos com a decisão tomada, mas não descartam voltar a atuarem juntos um dia. "Nada impede que a gente, futuramente, volte a jogar junto. A gente continua se dando muito bem e jogando bem junto", disse Soares.
E a amizade dos mineiros é um ponto determinante para isso, como aponta Melo. "Quando estou em quadra com um cara como o Bruno, que é um grande amigo, eu sinto mais prazer ainda. Por mais que a gente não esteja junto no circuito, a gente fez ótimos jogos nas Olimpíadas e aqui (na Copa Davis)".