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'Stock Car passará no meio da UFMG, uma cidade universitária', afirma reitora Sandra Goulart

Universidade volta a criticar realização da corrida na Pampulha e agora recorre aos ministérios públicos estadual e federal

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/03/2024 às 16:34.Atualizado em 07/03/2024 às 17:34.
UFMG busca impedir a Stock Car no entorno do Mineirão (Raphaella Dias/UFMG)
UFMG busca impedir a Stock Car no entorno do Mineirão (Raphaella Dias/UFMG)

A queda de braço entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Stock Car segue intensa. Nesta quinta-feira (7), a instituição protocolou uma representação nos ministérios públicos estadual e federal contra a realização da corrida no entorno do campus Pampulha. A reitora Sandra Regina Goulart Almeida voltou a criticar a falta de diálogo com os organizadores do evento. 

“Não é exagero dizer que a corrida Stock Car passará no meio da UFMG, uma cidade universitária firmemente fixada em Belo Horizonte”, afirmou Sandra Goulart. Ela também alertou para os impactos no Hospital Veterinário, biotérios de criação de animais, Estação Ecológica e Centro Esportivo Universitário, além de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

No documento enviado aos ministérios, Sandra reforça que não houve por parte dos organizadores e do poder público municipal um diálogo com a universidade e a comunidade acadêmica sobre a decisão de levar a corrida de rua para o local. “A UFMG tomou conhecimento dos acordos pactuados para a realização do evento por meio da mídia” disse a reitora.

Sandra Goulart também mencionou o bloqueio nas vias de acesso ao campus Pampulha provocado pelo corte de árvores feito pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), exatamente no dia da atividade inaugural do primeiro semestre letivo de 2024 (4 de março). 

“A interrupção do trânsito sem qualquer aviso prévio a esta universidade prejudicou o ingresso dos alunos, professores e servidores em suas dependências. Nesta semana, 5,7 mil novos estudantes ingressam na UFMG, além dos alunos regulares, perfazendo uma comunidade de 60 mil pessoas”, relatou. 

De acordo com a reitora, a instituição não é contra a realização da Stock Car por entender os benefícios e projeções econômicas de um evento deste porte. Porém, considera que “eles não podem se sobrepor e muito menos justificar os enormes sacrifícios que serão impostos à comunidade”.

Hoje em Dia entrou em contato com os ministérios públicos estadual e federal, PBH e Stock Car. O ministério público estadual informou que está apurando sobre o recebimento e o andamento da representação. Os organizadores do evento disseram que se manifestarão após tomar conhecimento do inteiro teor das representações. Já a PBH, ainda não se pronunciou. 

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