Atleticanos foram à sede do clube comemorar o bicampeonato brasileiro conquistado após 50 anos
Acabou a espera. Quase 50 anos depois, o Atlético é campeão do Campeonato Brasileiro novamente. E a taça foi sacramentada de forma dramática, em uma vitória que mexeu com a emoção do torcedores alvinegros.
No bairro de Lourdes, onde está a sede do clube e é um tradicional reduto dos atleticanos, centenas de pessoas se reuniram para ver a partida.
Com muita empolgação, festa e cerveja, os alvinegros acompanharam o duelo disputado em Salvador nos bares e até mesmo nas ruas no entorno da sede.
Buzinas, gritos e outras manifestos em prol do Atlético completavam o clima de expectativa e otimismo que tomava conta do ambiente.
Susto e êxtase
Após um primeiro tempo de poucas emoções, dois gols do Bahia na segunda etapa deram um susto e colocaram água no chope dos atleticanos que acompanhavam o duelo nas televisões voltadas para a rua.
Entretanto, a apreensão virou apoio ao time e êxtase após a virada relâmpago do time comandado pelo técnico Cuca.
Os três gols do Galo levaram os atleticanos à loucura. Valeu de tudo, fogos, banho de cerveja e abraços, muitos abraços em desconhecidos.
Após o apito final, a festa tomou conta. A euforia gerou correria, gritos, pulos. Muitos torcedores, ainda atônitos com o épico triunfo, não sabiam nem ao certo como comemorar.
Muitos permaneceram no quarteirão fechado da rua Rio Grande do Sul, esquina com a avenida Olégario Maciel, outros, subíramos a Olégario, entoando o hino do clube, rumo a sede.
Lágrimas
Torcedor fanático do Atlético, o advogado Lucas Auer estava em lágrimas após a partida.
O atleticano, que estava cercado de amigos para assistir ao jogo, contou quando o sonho do título começou a se tornar realidade e contou qual sentimento do momento. “Minha ficha começou a cair após a vitória sobre o Juventude. É um sonho. E com uma vitória dessas (sobre o Bahia) da forma que foi, fecha com chave de ouro a campanha”.
Também muito emocionado, o estudante de Medicina, Victor Lage, deu o tom da fera alvinegra. “O que é do homem o bicho não come. Foram 50 anos de espera, agora é comemorar. A alegria é grande demais”.
E mais torcedores continuam a chegar à sede de Lourdes, em uma festa que não tem hora para acabar.