Depois de fazer história e classificar a Argélia para as oitavas de final de uma Copa do Mundo pela primeira vez na história, o técnico Vahid Halilhodzic decidiu deixar o comando da seleção. O bósnio anunciou a saída apesar dos pedidos feitos pessoalmente pelo presidente do país, Abdelaziz Bouteflika, que havia requisitado sua permanência após a queda no Mundial do Brasil.
"Quero agradecer, em primeiro lugar, à sua excelência, o presidente Abdelaziz Bouteflika, que me tocou profundamente com suas palavras acalentadoras", declarou Halilhodzic em comunicado no site da federação de futebol do país. "Depois de ter vivido três anos na Argélia, minhas obrigações familiares e a atração por novos desafios esportivos pesaram muito na minha escolha. Saio orgulhoso por ter cumprido plenamente meu compromisso."
O treinador, assim como os jogadores da seleção argelina, foi recebido como herói no desembarque no país, na última quarta-feira. Dois dias antes, a Argélia fez história ao impor muita dificuldade à favorita Alemanha, que só conseguiu passar às quartas de final na prorrogação, com uma vitória por 2 a 1, após empate por 0 a 0 no tempo normal.
Apesar do anúncio oficial ter sido feito somente agora, antes mesmo do término da Copa para a Argélia já era dada como certa a chegada de Halilhodzic no Trabzonspor, clube turco. Ainda esta semana, aliás, o treinador deve desembarcar na Turquia para assinar contrato e ser anunciado oficialmente.
Muito criticado pela imprensa local antes do Mundial e com crises de relacionamento com a federação de futebol do país, Halilhodzic chegou a dizer que não renovaria seu contrato com a seleção há alguns meses. Por isso, a entidade já correu atrás de um substituto, que, de acordo com a imprensa argelina, será o francês Christian Gourcuff.
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