Depois de reforçar a segurança do Palmeiras, em Recife, o presidente Arnaldo Tirone criticou a pressão de parte da torcida nesta segunda-feira (15) e pediu maior apoio ao time, ameaçado de rebaixamento, nesta reta final do Brasileirão.
"O time precisa ser empurrado. Se o carro está na subida, o motor não é potente e você não sabe pilotar, não vai subir. O Palmeiras precisa ser apoiado, ninguém quer perder, estamos sofrendo um problema pessoal, todos estão jogando pela carreira", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Tirone se mostrou preocupado com a atitude de alguns torcedores que entraram na concentração do time e hotel no Recife e fizeram cobranças diretamente ao técnico Gilson Kleina e ao gerente futebol César Sampaio. "Precisamos fazer um apelo à torcida, esse tipo de revolta não vai construir nada", ressaltou o presidente.
"Temos condições matemáticas, mas revólver na cabeça não vai funcionar. Precisamos de tranquilidade e apoio. Sei que a torcida está chateada, se sacrifica, vai de ônibus. Fizemos partidas ruins contra o São Paulo e Coritiba, mas temos oito jogos pela frente. Depende de nós, de ter serenidade, responsabilidade e garra para seguir em frente", pregou Tirone.
O presidente destacou ainda o empenho do time na derrota por 1 a 0 para o Náutico, no domingo. "Time não foi jogar contra o Náutico para perder, poderíamos ter vencido por 3 a 1. A bola não entrou. O time correu, se entregou e faltou sorte. Nós conquistamos um título [Copa do Brasil], que já foi esquecido. Somos um clube de 100 anos, que já passou por outros problemas. Não peço apoio a mim, mas ao time".
Por fim, Tirone se defendeu das críticas por não ter acompanhado a delegação palmeirense na viagem até Recife. "Eu, às vezes, saio antes para não dar trabalho à segurança, sei que a torcida está revoltada. No jogo contra o Náutico eu não fui, pois o [vice de futebol] Roberto Frizzo já ia. Para que dar trabalho à segurança?", declarou.