Embora o Corinthians tenha acabado de conquistar o inédito título da Copa Libertadores da América, a derrota por 3 a 1 para o Botafogo, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, já ligou o sinal de alerta no clube, que segue na penúltima posição do Campeonato Brasileiro. Agora com os mesmos oito jogos de todos os outros times, a equipe estacionou nos cinco pontos e contabiliza apenas um triunfo até aqui na competição, além de dois empates e cinco derrotas.

O desempenho muito ruim neste início de torneio nacional fez o técnico Tite reconhecer que é preciso reagir já a partir deste sábado, contra o Náutico, às 18h30, no Pacaembu, onde o treinador cobrará a volta da forte pegada exibida na Libertadores, conquistada de forma invicta pelos corintianos.

"A partir do momento que teve a conquista, a mobilização foi geral. Experiência mostra que corre o risco (de acontecer rebaixamento). A minha experiência, talvez eles (jogadores) não tenham, foi no Grêmio, Inter, nas grandes conquistas você baixa a guarda. Não dá para baixar a guarda. Tomamos o choque hoje (quarta) e temos que aprender rápido", ressaltou.

O comandante admitiu que o relaxamento após o título da Libertadores é natural, mas criticou a atuação do time diante do Botafogo, contra o qual a defesa corintiana esteve longe de exibir a segurança mostrada no torneio continental - o zagueiro Paulo André, que assumiu o lugar de Leandro Castán, negociado com a Roma, fez um gol contra, antes de Elkeson marcar os outros dois gols botafoguenses.

"É compreensível (o relaxamento), mas não aceito que abaixem a guarda. Foi um nível de concentração baixo, nível técnico e físico prejudicados. Vamos lutar contra esse processo para que retomem um padrão normal. Precisamos ter essa consciência. A derrota até vai servir, a equipe não tomava três gols há tempo", completou.

Tite ainda destacou que o Botafogo mereceu a vitória desta quarta-feira e que agora é o momento de o elenco corintiano "cair na real". "Sem concentração não tem intensidade... A gente não vai continuar perdendo jogo e a torcida gritando 'é campeão'. Acabou já. Cabe a mim apressar o momento de assimilar e cair na real. Tem vezes que falo aqui dentro e vejo o cara disperso, viajando, tenho que alertar: 'Ei!, Ei!, Volta ao normal'", finalizou.
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