Titular da Seleção, goleiro Alisson tenta manter escrita criada por Taffarel há três décadas

Alexandre Simões
17/06/2019 às 17:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:09

O título da Liga dos Campeões com o Liverpool, da Inglaterra, no último dia 1º de junho, com os 2 a 0 sobre o também inglês Tottenham, em Madrid, praticamente acabou com o questionamento sobre a titularidade de Alisson no gol da Seleção. Mas a pressão por resultados e marcas continua. E nesta Copa América ele carrega uma de três décadas, pois desde 1990 o goleiro titular do Brasil num Mundial foi campeão sul-americano.

Na partida de amanhã, contra a Venezuela, às 21h30, na Fonte Nova, em Salvador, pela segunda rodada do Grupo A, uma vitória coloca o time de Tite nas quartas de final e Alisson terá superado a primeira barreira para manter essa escrita que foi iniciada justamente pelo seu treinador, Taffarel, gaúcho como ele e que também surgiu para o futebol na base do Internacional.

INÍCIO

Em 1989, na última edição de Copa América que o Brasil tinha sediado, a Seleção conquistou o título e tinha no gol Taffarel, ainda com 23 anos e que seria titular nos Mundiais de 1990, na Itália, 1994, nos Estados Unidos, na conquista do tetra, e 1998, na França. Em 1997, na Bolívia, ele voltou a vencer o sul-americano.

A história iniciada por Taffarel seguiu com seu sucessor, Marcos, penta-campeão em 2002, na Coreia do Sul e Japão. O ex-goleiro do Palmeiras venceu a Copa América em 1999, no Paraguai, como reserva de Dida. Na convocação de Vanderlei Luxemburgo, em 14 de junho de 1999, o chamado foi Carlos Germano, do Vasco, mas uma lesão no joelho direito provocou o seu corte e a convocação do palmeirense, que não disputou nenhuma partida.

DIDA

Campeão da Copa América em 1999, Dida foi o titular da Seleção em 2006, na Alemanha, no terceiro Mundial da sua carreira, sendo que em 1998 ele foi um dos reservas de Taffarel, e em 2002, de Marcos.

Nos Mundiais de 2010, na África do Sul, e 2014, no Brasil, o gol canarinho foi defendido por Julio César, campeão da Copa América em 2004, no Peru.

Em 2018, na Rússia, Alisson foi o titular da Seleção Brasileira. Apesar de não ter falhado nos cinco jogos disputados pelo time de Tite, que caiu nas quartas de final, diante da Bélgica, ele não conseguiu nos gramados russos vencer a desconfiança, o que só aconteceu pelo título europeu conquistado como um dos destaques do Liverpool.

Agora, Alisson carrega o peso de uma tradição iniciada pelo seu maior defensor, Taffarel. Há 30 anos, o titular do Brasil num Mundial ganha uma Copa América.

Os outros quatro goleiros dessa história conquistaram a América antes da titularidade no Mundial. De toda forma, Tite torce para que o seu camisa 1 pague essa conta já agora, em 2019, pois sua sequência na Seleção Brasileira pode até de pender disso.

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