Títulos de Atlético e Cruzeiro rendem tatuagens; devoção ao time marcada na pele

Émile Patrício - Hoje em Dia
24/11/2013 às 09:23.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:21

(Luiz Costa)

A Massa Alvinegra não cansa de dizer: “Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento”. Do outro lado, a China Azul se vangloria nos versos que embalaram o time na conquista do título brasileiro. “Dizem que somos loucos da cabeça, amamos o Cruzeiro, é o que interessa”.

Um sentimento que ultrapassa as barreiras das quatro linhas e atingiu o seu auge nas históricas campanhas da dupla em 2013.

Para muitos, torcer em meio à multidão não é suficiente. É preciso expor essa paixão de outra maneira. Como centenas de torcedores que tatuaram escudos, mascotes ou frases que lembram as conquistas dos seus clubes. Muitos, inclusive, fizeram dessa arte a forma de pagar uma promessa.

A defesa de Victor no último lance contra o Tijuana no jogo de volta das quartas de final da Libertadores não saiu da cabeça de Douglas Alexandre, de 30 anos. Se convertido, o pênalti eliminaria o Atlético da competição. Por isso, ele resolveu marcar o momento na pele.

Douglas estava no Horto, não teve forças para ver a cobrança, mas entrou em êxtase após o chute de Riascos que parou na perna esquerda do goleiro alvinegro.

Na emoção da comemoração, ele prometeu: “Se o Galo for campeão, vou tatuar o Victor na minha pele”. Essa foi sua primeira tatuagem e, segundo ele, foi uma dor imensa durante quatro horas de desenho. “Mas o sofrimento que senti durante a cobrança daquele pênalti foi maior”, garante o atleticano, que não arrisca dizer se repetirá a dose se a taça do Mundial for conquistada em dezembro. “É de momento, não dá para prever. Mas nunca se sabe quando teremos a necessidade de outra promessa”.

Já o cruzeirense Daniel Vecchia, de 25 anos, levou a alegria de mais um título Brasileiro para o Maranhão. Ele é engenheiro civil e foi trabalhar no Nordeste, mas esteve presente em todos os jogos do Cruzeiro em Belo Horizonte.

“A ideia da tatuagem estava guardada há um bom tempo. Depois dessa campanha espetacular, finalmente ela saiu do papel”, conta Daniel, que fez o escudo do Cruzeiro com a América do Sul dentro. “A gente tem mesmo é que homenagear”, defende a estudante universitária Nathália Alves.

Títulos rentáveis

Para o tatuador Wardem Hugo, os títulos dos mineiros salvaram muita gente. “Alguns colegas estavam sem grana, passando por um período de baixa de clientes. A vitória do Atlético na Libertadores salvou o orçamento de muitos. Cheguei a fazer quatro tatuagens do Galo por dia. Foi uma febre e tinha fila de espera para marcar um horário comigo”, lembra.

Veja mais tatuagens na galera de imagens:

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