Torcida comemora a prata de Zanetti, mas não esconde a frustração por não ver o ginasta com ouro

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/08/2016 às 10:36.Atualizado em 15/11/2021 às 20:23.
 (Flávio Tavares/Enviado especial)
(Flávio Tavares/Enviado especial)

RIO DE JANEIRO – Ouro em Londres (2012) e prata no Brasil. O que o ginasta Arthur Zanetti, perito nas argolas, conseguiu em duas Olimpíadas consecutivas é um feito para ser lembrado eternamente.

Ontem, porém, o que foi possível perceber nas cadeiras da Arena Olímpica foi um clima de certa frustração com o segundo lugar do brasileiro.

Apesar de ter o nome gritado pelos milhares de espectadores que coloriram o palco da apresentação de verde e amarelo, a festa com a conquista do paulista de 26 anos foi muito aquém da esperada.

Num esporte cuja representatividade do país anfitrião dos Jogos 2016 é baixíssima, a apresentação de Zanetti deveria ter causado mais comoção no público presente.

“Esta medalha tem gosto especial por ser em casa, e também pelo tanto que eu trabalhei. O problema de muita gente é só julgar o ouro. Estar numa final já é grande coisa”, comentou o ginasta.

“Vocês não sabem o que passei para estar aqui e ganhar essa medalha. Veio a prata, estou muito feliz. É um resultado incrível. Vai ficar na memória”, acrescentou.

Dois pesos

Antes da apresentação do brasileiro, as inesperadas prata de Diego Hypólito e bronze de Arthur Nory, conquistadas no dia anterior, davam indícios de que, mesmo sem repetir o ouro da Olimpíada londrina, o “rei das argolas” arrepiaria a plateia e levaria a torcida à comoção total, como aconteceu com os compatriotas no domingo.

Perfeito no aparelho e com nota 15.766, Zanetti fez a sua parte e ficou atrás apenas do grego Eleftherios Petrounias. O atual campeão mundial, em mais um dia de muita inspiração, somou 16.000 e não pôde ser alcançado.

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