Trabalho de Felipe Conceição é desafio para o treinador e o Cruzeiro no que se refere a longevidade

Alexandre Simões
@oalexsimoes
06/02/2021 às 16:59.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:07

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Em 2018, quando Felipe Conceição iniciou a sua trajetória como treinador de time principal, num trabalho que durou apenas sete partidas no Botafogo, o Cruzeiro tinha Mano Menezes no comando, numa parceria que durou quase três anos, entre 2016 e 2019.

Agora que o técnico e o clube estarão junto na temporada 2021, quando a Raposa tem praticamente a "obrigação" de alcançar o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, o desafio de ambos é superar o histórico recente de rotatividade.Bruno Haddad/Cruzeiro

Felipe Conceição busca no Cruzeiro a primeira temporada completa como treinador de um clube; já a Raposa tenta acabar com a rotatividade de técnicos que é uma marca desde 2019

Conceição nunca conseguiu um ano completo num clube, na sua curta trajetória como treinador. O trabalho mais longevo foi no América, em 2019, quando assumiu o time no lugar de Maurício Barbieri, de quem era auxiliar, pouco depois do turno da Série B, e fez grande trabalho de recuperação, com o acesso não sendo garantido por um ponto.

No início de 2020, após dirigir o América em duas partidas, o desempenho do ano anterior o levou ao Bragantino, que tinha perdido Antônio Carlos Zago para o futebol japonês. Sua passagem pelo Massa Bruta não foi longa, pois ele comandou a equipe em apenas 18 jogos.

Felipe Conceição terminou a temporada 2020 comandando o Guarani, em 21 das 38 partidas do Bugre na Série B do Campeonato Brasileiro. O time, que brigava contra o rebaixamento, chegou a brigar pelo acesso, mas na fase final da competição perdeu força, principalmente por causa de um surto de Covid-19 no grupo de jogadores.

Cruzeiro

A ciranda vivida pelo novo treinador cruzeirense é até pequena, se for comparada com a rotatividade de treinadores no clube em 2019 e 2020.

Desde a saída de Mano Menezes, passaram pela Toca da Raposa II Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista, isso em pouco mais de três meses de 2019.

Em 2020, Adilson Batista começou o ano, foi substituído por Enderson Moreira, que caiu para a chegada de Ney Franco, que deu lugar a Luiz Felipe Scolari.
Isso sem contar que durante a Série B o time foi comandado em duas partidas, de forma interina, por Célio Lúcio.

Agora, Felipe Conceição busca a primeira temporada completa em um clube. Já o Cruzeiro tenta acabar com a rotatividade no comando.

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