Victor começou a partida da pior forma possível. Mas se recuperou prontamente e foi o ponto fora da curva para o Atlético decretar a despedida do técnico Edgardo Bauza, do São Paulo, com uma derrota de virada. Com gols no primeiro tempo, o São Paulo abriu o placar, mas levou a virada menos de 20 minutos depois. O Galo resistiu à pressão tricolor na etapa final e saiu vencedor novamente como visitante. Com 32 pontos, chega à quinta colocação, um ponto a menos do que o primeiro lugar do torneio.
Em uma partida de grande velocidade, o Atlético levou um baque logo nos primeiros minutos. O atacante Chávez, em sua primeira oportunidade como titular, provou que tem uma canhota perigosa. Ao estilo Michel Bastos em 2015, o jogador argentino chutou forte na intermediária e aproveitou o posicionamento adiantado de Victor para fazer um golaço.
Mas o Galo não se assustou por sair atrás do placar rapidamente. Se manteve ativo na partida, tentando aniquilar as pontas do time paulista e sair no contra-ataque. Em uma bela jogada coletiva (mais uma da equipe), Fabio Santos explorou as costas de Kelvin, encontrou Fred livre na área. O centroavante, de costas para o gol, apenas rolou para Maicosuel bater seco, cruzado, sem defesa para Dênis.
O São Paulo, ao contrário do adversário, sentiu o gol. Não conseguia trabalhar a bola com calma e errou a saída de bola. Maicosuel puxou o contra-ataque, serviu Pratto, que tentou virar para Robinho. Mas o passe foi interceptado. Sorte para o argentino que a bola sobrou limpa para ser batida de primeiro. Finalização perfeita, no ângulo, na cara do futuro treinador da Seleção Argentina, o próprio Edgardo Bauza. Virada do Galo ainda aos 19 minutos do primeiro tempo.
Ainda houve um erro da arbitragem que impediu os visitantes de ampliarem a vantagem. Robinho cruzou na medida para Fred cabecear no fundo do gol. Mas o bandeira, erroneamente, assinalou o impedimento. Um gol que, se fosse validado, colocaria o Galo no G4, já que o Grêmio estava empatando com o Santa Cruz.
Precisando virar o jogo a todo custo, o Tricolor chegou a assustar o goleiro Victor. Era explorar a mesma arma da eliminação na Libertadores: bola parada. De escanteio ou falta perto da área, a zaga alvinegra não conseguia afastar o perigo. Victor fez dois milagres para impedir o empate do São Paulo.
Rápido e envolvente no primeiro tempo, o Galo mudou de postura da água para o vinho. Sem inspiração no ataque, passou a etapa final completamente preocupado com a pressão tricolor. Mudanças no ataque não surtiram efeito desejado, apesar da boa partida de Luan, sempre atento na marcação.
Faltava ao Atlético uma combatividade maior, já que o volante Leandro Donizete cumpria suspensão. A dupla Rafael Carioca e Junior Urso, apesar de ter sido titular em boa parte da temporada, não se encaixa. Em alguns momentos, ambos se encontravam no mesmo lado do campo.
Pela competência de Victor, o Atlético resistiu em um segundo tempo abaixo do esperado e soma a quarta vitória seguida no Brasileirão, com apenas um ponto de distância do líder Santos.
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FICHA DO JOGO
SÃO PAULO 1 X 2 ATLÉTICO
SÃO PAULO - Dênis; Buffarini, Lugano, Maicon e Mena; Hudson e Thiago Mendes; Kelvin, Wesley (Luiz Araújo) e Michel Bastos (Daniel); Chávez. Técnico: Edgardo Bauza.
ATLÉTICO - Victor; Carlos César, Leonardo Silva, Erazo e Fábio Santos; Rafael Carioca e Junior Urso; Maicosuel (Lucas Cândido), Lucas Pratto e Robinho (Otero); Fred (Luan). Técnico: Marcelo Oliveira.
GOLS - Chávez, aos 2 minutos; Maicosuel, aos 10 minutos e Lucas Pratto, aos 19 minutos do primeiro tempo
ARBITRAGEM - Leandro Pedro Vuaden, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Jorge Eduardo Bernardi. Trio do Rio Grande do Sul
CARTÕES AMARELOS - Maicosuel e Otero (CAM); Buffarini e Lugano (SAO)
PÚBLICO E RENDA - Não divulgados