Vittorio Medioli anuncia em coluna que não é mais CEO do Núcleo Dirigente do Cruzeiro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
05/01/2020 às 09:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:11
 (Guilherme Piu)

(Guilherme Piu)

Intitulada "Recomeçar do Zero", a coluna semanal do empresário Vittorio Medioli no jornal "O Tempo", que é de sua propriedade, publicada neste domingo (5), traz logo no primeiro paragágrafo a informação de que ele deixa a condição de CEO do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro e passa a se dedicar à Prefeitura de Betim.

Segundo o empresário, o Estatuto do Cruzeiro o impederia de ocupar a função. Em 15 dias, ele apresentou estratégias e medidas que o verdadeiro CEO cruzeirense tomará a partir desta semana. "Enfim, não posso e não vou assumir, mas não sumir. Darei tudo que posso e a lei me permite", escreve Medioli.Guilherme Guimarães

Em coluna publicada no jornal "O Tempo", de sua propriedade, neste domingo, Vittorio Medioli anunciou sua saída do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, onde era o CEO

Quando ele se refere à lei, está claro que é uma citação ao fato de ser prefeito de Betim. Desde que ele assumiu a condição de CEO, vários advogados se manifestaram, até mesmo em redes sociais, dizendo que a legislação brasileira não permite que ele ocupasse os dois cargos ao mesmo tempo.

"Os últimos dias me concederam que, mais que um CEO, exposto à incerteza jurídica do cargo, o Cruzeiro precisa de um interventor amparado pela Justiça e com autoridade para executar o que for preciso. Doa a quem doer. O Cruzeiro, já há longo tempo, está sob investigação da polícia e do Ministério Público", ressalta Medioli.

Apesar da questão legal, por ser prefeito de Betim, Vittorio volta a afirmar que o Estatuto do Cruzeiro precisa ser alterado de forma urgente: "O estatuto do clube é um conjunto Frankenstein de regras que atendem interesses miúdos, mesquinhos e de dominação de grupos. Não atendem a grandeza e solidez de suas finalidades. Privilegia mais o incompetente que se preste a atender interesses inconfessáveis de um estreito grupo. A reconstrução do Cruzeiro passa inevitavelmente pela elaboração de um estatuto coerente e alinhado com a realidade".

O empresário manifesta seu opinião de que o melhor caminho para o Cruzeiro seria se transformar em empresa e evidencia em determinado momento que o acúmulo das duas funções é realmente o que provoca sua saída: "Retornando das férias (trabalhadas), creio que se encerraram as reclamações dos munícipes de Betim, as maquiavélicas intrigas políticas, os xingamentos dos adversários tradicionais do Cruzeiro e a alegria de quem me enxergou, por um momento, como um “salvador da pátria azul”. A estes últimos peço compreensão, a lei não me permite. Meu gesto poderia gerar mais instabilidade e problemas ao Cruzeiro".

  

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