Vivendo dias de ídolo em BH, nadador Ítalo Manzine diz estar ‘110%’ para a Olimpíada

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
25/04/2016 às 20:18.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:07
 (Henrique André)

(Henrique André)

Estrear nos Jogos Olímpicos dentro do próprio país era o sonho do nadador Ítalo Manzine. Classificado para o evento após superar o ídolo Cesar Cielo no Troféu Maria Lenk, o mineiro alcançou o objetivo de competir no Rio de Janeiro e, agora, treina forte para lutar por um lugar no pódio. “Vou me dar de corpo e alma por esta medalha. Estou 110%”, afirma Ítalo.

Nascido em Belo Horizonte, o atleta de 24 anos ainda se acostuma com o recente assédio da mídia e dos novos fãs. Quando chega ao Minas Tênis Clube para treinar, ele recebe o carinho de velhos amigos e, principalmente, de crianças e adolescentes. “Te vejo na Olimpíada”, disse um deles ao vê-lo.

“Estrear no Brasil era o plano. Poderia ter ido em 2012 (em Londres), mas consegui apenas o quarto melhor tempo. Era cedo ainda. A experiência foi muito boa, mas não deu”, conta Manzine.

Dilema
Apaixonado pelo esporte desde criança, o nadador por pouco não abriu mão da vida de atleta para se dedicar aos estudos. Quando completou 18 anos, ele pensou em ingressar numa universidade federal e, com isso, fazer da natação uma atividade secundária.

Em conversas com a família e amigos mais próximos, porém, o minastenista decidiu dar uma dose extra de dedicação para alcançar os objetivos dentro d’água. E deu certo.

No ano seguinte, o mineiro já era o quarto melhor do país nos 50m livres, quando ainda competia pelo Mackenzie, clube localizado no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul.

A “cereja do bolo”, contudo, veio na semana passada. Com tempo de 21s82, Manzine desbancou o medalhista olímpico e companheiro de treinos Cesar Cielo, ficando com a segunda e última vaga para os Jogos do Rio. No torneio, ele competirá ao lado do carioca Bruno Fratus.

“Sou muito amigo do Cesar. Desde os 18 anos eu competi contra ele. No Minas, chegamos na mesma época e ele me ensinou muito”, revela Ítalo. “Não teria como ter chegado aqui sem ele. É complicado deixar um ídolo de fora. Queria que fosse eu e ele, mas infelizmente são apenas duas vagas”, conclui.

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