Volta por cima é uma marca na carreira de Eduardo Sasha, que vive expectativa de dar outra no Galo

Alexandre Simões
@oalexsimoes
17/08/2020 às 12:48.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:18
 (Ivan Storti/Santos FC)

(Ivan Storti/Santos FC)

A possível vinda para o Atlético não deixa de ser mais uma possibilidade de volta por cima para Eduardo Sasha, atacante de 28 anos que tem como marca superar momentos difíceis na carreira.

A chegada ao Internacional aos nove anos, para se dividir entre o futebol de campo e de salão, foi um sonho para o garoto nascido em Porto Alegre. Sempre apontado como uma das promessas da base colorada, subiu para o time principal aos 18, logo depois de o clube ter conquistado o bicampeonato da Copa Libertadores e teve as primeiras chances quando o técnico Celso Roth já pensava no Mundial de Clubes da Fifa, onde o Colorado deu vexame caindo nas semifinais para o Mazembe, do Congo.Ivan Storti/Santos FC

Eduardo Sasha vive momentos de dificuldade na carreira desde o início, mas já superou várias adversidades na caminhada como jogador de futebol profissional

Chegar ao time principal era a primeira volta por cima do garoto que relatou ter dias em que faltava até mesmo o dinheiro para a condução para ir treinar no Internacional.

Goiás

Depois de um 2011 sem muitas oportunidades, Sasha foi emprestado ao Goiás, em 2012. Começava no Esmeraldino, sob o comando de Enderson Moreira, sua segunda volta por cima. Foi campeão e um dos destaques da Série B daquele ano. Seguiu no clube em 2013 e fez um grande Brasileirão.

Em 2014, com o Inter já sem viver os grandes tempos que teve entre 2005 e 2011, ele retornou ao Beira-Rio como uma das grandes apostas para a temporada. E Sasha justificou a expectativa. Se destacou com a camisa colorada, na sua terceira volta por cima, e ganhou um espaço especial no coração da torcida ao dançar a “valsa dos 15 anos” sem um grande título do Grêmio no Beira-Rio, após um gol do time na decisão do Campeonato Gaúcho de 2016.

Valsa

O Inter e ele chegavam ao tricampeonato estadual numa época de vagas magras do rival. Mas 2016 foi também amargo. O Colorado foi rebaixado à Série B. Sasha seguiu no Beira-Rio e ajudou o clube onde chegou aos nove anos voltar à Elite. Diante da crise institucional e financeira que o clube vivia, não deixa de ser a quarta volta por cima do até então meia-atacante.

Em 2018, foi emprestado ao Santos e depois negociado em definitivo, numa troca que envolveu a ida do lateral Zeca para o Beira-Rio. Na Vila Belmiro, viveu momentos difíceis na primeira metade de 2019, justamente sob o comando de Jorge Sampaoli.

Chegou a ser liberado pelo treinador para que o clube o negociasse, mas no Brasileirão do ano passado conquistou a confiança do treinador pelo empenho e desempenho nos treinamentos e ganhou uma chance entre os titulares.

Após gols decisivos, nas duas primeiras rodadas, tirou do treinador argentino a declaração de que ele tinha errado na avaliação de Eduardo Sasha e que contava com o jogador. A quinta volta por cima estava concretizada pelo jogador gaúcho.

Título

Agora, Sasha vive a expectativa de defender o Atlético. E de no Galo, com Sampaoli, ganhar enfim o grande título da carreira, pois até o momento tem apenas estaduais e uma Série B no currículo.

E tudo o que a torcida atleticana espera é que seja, na Cidade do Galo, a sexta volta por cima do meia-atacante Eduardo Sasha.

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