Voluntária alemã a serviço da capital mineira

Bruno Moreno - Hoje em Dia
Publicado em 08/07/2014 às 07:19.Atualizado em 18/11/2021 às 03:18.
Quando resolveu vir para o Brasil trabalhar como voluntária na Copa das Confederações, no ano passado, a alemã Riccarda Münch, de 29 anos, foi questionada por parentes e amigos. Ainda assim, embarcou e veio. Um ano depois, ela voltou para, novamente, integrar a equipe não remunerada que faz a Copa do Mundo funcionar. Apesar de ter relatado um Brasil bem diferente do que os seus conterrâneos haviam pintado para ela, outra vez tentaram impedir que viesse.
 
“Me disseram que é muito perigoso, que sou doida de vir pra cá. Mas eu me sinto muito segura aqui. Gosto muito de Belo Horizonte”, relatou Riccarda, que está hospedada em uma casa de família, no bairro Caiçara, e não dispensa um churrasco, seu prato predileto no Brasil.
 
Mas sua experiência aqui não irá terminar com a Copa do Mundo. Riccarda estuda Comunicação e Mídia, além de Direito Comercial, e espera retornar em dois anos. “Primeiro, planejo trabalhar na Eurocopa, na França, em junho e julho de 2016. Depois, quero vir para os Jogos Olímpicos no Rio. Mas, agora, quero vir trabalhando como profissional, não como voluntária. Ganhei muita experiência nessas duas vezes em que atuei no Brasil como voluntária”, garante a alemã.
 
Para melhorar o português, ela se utilizou de uma tática ainda pouco comum. Riccarda conheceu uma voluntária, de Fortaleza, no Ceará, no ano passado, e elas fizeram uma troca: cada uma ensinou à outra sua língua pátria. “Já entendo bem as palavras em português, mas ainda estou aprendendo a falar”, destaca a europeia, moradora da cidade de Hamburgo, no Norte da Alemanha.
 
Após o fim da Copa do Mundo, Riccarda ainda vai ficar por mais um mês no Brasil para conhecer alguns destinos turísticos. O plano é ir para Brasília e, depois, até Vitória, no Espírito Santo, de onde irá descer o litoral rumo ao Rio de Janeiro.
Antes de vir para o Brasil, tinha poucas referências de Belo Horizonte. A descoberta aconteceu quando ela conheceu dois belo-horizontinos na Europa, que lhe falaram sobre a capital mineira. Como ela queria vir para a Copa do Mundo, e temia a concorrência em cidades turísticas ou muito conhecidas, como Rio de Janeiro e São Paulo, ela escolheu Belo Horizonte.
 
Imparcial
 
Apesar de ser alemã, Riccarda estava torcendo para Bélgica e Costa Rica, ambas eliminadas nas quartas-de-final deste Mundial. Para o jogo desta terça-feira (8), ela garante que manterá a imparcialidade, mas deixa escapar que pode torcer um pouquinho para o adversário do Brasil. “Eu sou voluntária, tenho que ser neutra. Mas, no fundo, torço para a Alemanha um pouquinho”, revela.
Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por