Mal terminou o Campeonato Brasileiro e os torcedores do Cruzeiro já avisavam: “Precisamos urgentemente de um zagueiro”. Afinal, acompanhar o sistema defensivo da Raposa durante a competição não foi fácil. A falta de opções e qualidade era tanta que o clube acabou a temporada com o volante Leandro Guerreiro improvisado na zaga.

Agora, o Cruzeiro aposta em Paulão para por ordem na casa. Com semblante sério e cara de poucos amigos, o zagueiro, de 26 anos, chega à Toca da Raposa II para fazer jus ao apelido que ganhou no Grêmio, onde jogou entre 2010 e 2011: “Caveirão”

No tricolor gaúcho, Paulão virou xodó da torcida. Depois, foi vendido por 2 milhões de euros ao Guangzhou Evergrande, da China. Agora, no Cruzeiro, o zagueiro promete muito empenho para ver o time azul conquistar títulos.

“O apelido Caveirão surgiu no Grêmio, na época do filme ‘Tropa de Elite’. O capitão Nascimento, um cara sério e durão, botava o peito nas batalhas. Esse foi o motivo do apelido. Sou um cara que luta, briga o tempo inteiro em campo”, explica Paulão, que já vislumbra um duelo com Ronaldinho Gaúcho, no clássico contra o Atlético, em 3 de fevereiro, na abertura do novo Mineirão.

“Eu procuro estar tranquilo. Todo mundo sabe da qualidade do Ronaldo, que é diferenciado. Também temos jogadores de qualidade, que podem resolver. Vamos pensar no coletivo”, diz o zagueiro.

Desafio

A rotatividade no sistema defensivo cruzeirense, na temporada passada, foi grande. Os técnicos Vágner Mancini e Celso Roth testaram sete jogadores no setor. Uma das apostas foi Alex Silva, ex-São Paulo, mas ele se machucou nas primeiras rodadas do Brasileiro. Passaram também pelo setor Victorino, Rafael Donato, Matheus, Léo, Thiago Carvalho e Leandro Guerreiro.

Por isso, Paulão sabe do desafio que terá pela frente. “A responsabilidade é grande e acaba sendo importante para mim também, pois tem aquele ditado: ‘Quanto maior a responsabilidade, maior é a pessoa’. Quero fazer meu trabalho e mostrar que posso contribuir”.

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