Estradeira italiana tem desempenho impressionante

Sérgio Melo* - Especial para Auto Papo
16/05/2015 às 09:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:02

(Sérgio Melo)

Apesar de a maioria dos italianos chamarem o “coisa ruim” de “diavolo”, na região de Bologna onde é fabricada a Ducati ele é conhecido como “diavel”. Você pode achar esquisito batizar qualquer coisa com esse nome, mas na verdade não haveria opção melhor para uma motocicleta com cara de má, que assusta pela força e cuja velocidade arrepia.   E a “diaba” é danada de bonita! Corpinho sarado com o fino motor “testastretta” em que os cilindros ficam um atrás do outro e não ao lado, muita sensualidade nas linhas fortes e arredondadas, traseira arrebitada e, sobretudo na cor preta fosca em estilo “Darth Vader”, chama atenção por onde passa. Mas seus maiores atributos são desempenho empolgante e tecnologia de ponta.   Com suspensões mecanicamente reguláveis e, potência, tração, freios e estabilidade eletronicamente controlados, ela garante o melhor desempenho possível com segurança em qualquer utilização. Assim, caso você acelere demais, precise frear em piso escorregadio ou deite muito em uma curva, a eletrônica corrige seus comandos para evitar derrapagens e quedas.   Ducati Diavel   O QUE É?   Vitaminada estradeira “Power Cruiser”, com desempenho e pilotagem esportivos.   ONDE É FEITA?   Fabricada na Itália, montada em Manaus.   COMO ANDA?   O motor dois cilindros em “L”, agora com duas velas em cada, válvulas com fechamento forçado, 1,198 cc, 162 cavalos e torque de 13 kg, sobra de força em baixas rotações e muita adrenalina ao esticar as marchas. Parece um buraco sem fundo! Quanto mais se acelera mais disposição...   QUANTO CUSTA?   R$ 64.900,00   COM QUEM CONCORRE?   Apesar de diferenças profundas no conteúdo e tecnologia, as principais concorrentes são: Harley V-Rod, que custa R$ 60.100 (foto), Triumph Rocket III (R$ 71.990) e Yamaha VMAX (R$ 99.000).   COMO BEBE?   Com queima mais eficiente que o modelo anterior pela dupla ignição e melhorias no fluxo de gases, o consumo melhorou: fez 16,8 km/l em percurso cidade/estrada.   COMPORTAMENTO:   Com guidão recuado, a posição de pilotagem do modelo 2015 melhorou, permitindo postura mais ereta. O guidão é leve e tem reações adequadas à inclinação. O assento com 77 cm de altura permite fácil manobra impulsionando com os pés. A suspensão firme garante boa aderência nas curvas. A embreagem não é dura, mas o engate das 6 marchas poderia ser mais leve e preciso. Elogios para o ABS sem trancos ou vibração da manete e pedal.   ACABAMENTO:   Montagem e acabamento primorosos.   CONCLUSÃO:   Rápida e vigorosa. O empolgante visual “bad boy” se destaca. O gerenciamento eletrônico garante o máximo desempenho com segurança em todas as situações, pena que nas suspensões a regulagem seja mecânica. Na estrada, ao “encher o cano”, a sensação de que todos pararam. Cuidado com os que vão à frente: eles não imaginarão que você pode chegar tão depressa.   PONTOS POSITIVOS   Desempenho Tecnologia Estilo   PONTOS NEGATIVOS   Falta “cruize control” Suspensões sem controle eletrônico   A motocicleta testada foi cedida pela Concessionária Ducati de Belo Horizonte, Av. Bandeirantes 140, Sion, 32457880, onde está disponível para Test Raid.   (*) Engenheiro e perito judicial

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