A Casa Branca informou que concorda com a França que os ataques terroristas em Paris são um "ato de guerra" e demandam compromissos internacionais mais robustos para combater o Estado Islâmico, que assumiu a autoria dos atentados na sexta-feira.
O consultor de segurança nacional da Casa Branca Ben Rhodes afirmou que o presidente americano Barack Obama não planeja nenhuma mudança dramática na estratégia contra o grupo radical. Segundo ele, Obama planeja ampliar a execução da atual estratégia, buscando o envolvimento de aliados dos Estados Unidos.
"Esse ataque acaba servindo para criar um senso de urgência na comunidade internacional sobre a necessidade de maior apoio a vários elementos da nossa campanha contra o Estado Islâmico", afirmou Rhodes a repórteres na Turquia, onde acompanha o presidente americano no encontro do G-20.
Os ataques em Paris poderiam também levar um maior apoio da população para uma ação militar mais forte, afirmou Rhodes, levando o Congresso dos EUA a autorizar o uso de força militar na campanha contra o Estado Islâmico.
Neste domingo no encontro do G-20, em Antália, líderes mundiais pediram uma resposta militar mais intensa dos Estados Unidos para combater o Estado Islâmico.
"O ponto-chave para nós é que não acreditamos que as tropas dos EUA são a resposta para o problema", afirmou Rhodes. "É mais sustentável e eficiente contar com as forças da oposição na Síria e os parceiros no Iraque, que estão dispostos a reassumir o território (ocupado pelo Estado Islâmico) em suas próprias comunidades", afirmou o porta-voz.
Rhodes lembrou do que já vem sendo feito e citou recentes ataques dos EUA contra a liderança do Estado Islâmico, uma campanha intensa de ataques aéreos e a atuação das Forças de Operações Especiais na Síria.
Alguns aliados dos EUA, como a Turquia, pressionaram o governo americano acerca de uma zona aérea livre no norte da Síria, mas Obama afirmou que isso iria requerer um compromisso militar muito grande.
O porta-voz da Casa Branca afirmou que, apesar de o Estado Islâmico sinalizar aspirações para atacar os Estados Unidos, o governo ainda não vê uma ameaça específica e crível contra o país.
Ele também disse que os ataques em Paris, assim como incidentes semelhantes em Ancara e Beirute, são uma manifestação de ambições que o Estado Islâmico têm há meses.
"O que vemos é uma organização que tem priorizado ganhar território, com um foco em operações externas e interesse em expandir sua presença para outros países", afirmou Rhodes. Fonte: Dow Jones Newswires.