NOVA YORK - O governo dos Estados Unidos indicou, nesta segunda-feira (23), que busca mais detalhes sobre a ordem da Justiça egípcia que baniu a Irmandade Muçulmana e determinou o confisco dos bens da organização. "Os detalhes dessa decisão permanecem obscuros. Estamos buscando mais informações e vamos continuar a acompanhar os acontecimentos de perto", anunciou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki. A notícia foi divulgada apenas algumas horas depois que o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), John Kerry, reuniu-se com o ministro egípcio das Relações Exteriores, Nabil Fahmy, em Nova York, em paralelo à Assembleia-Geral da ONU. A sentença, anunciada pela agência de notícias oficial Mena, aumenta ainda mais a escalada da repressão à Irmandade desde que o Exército egípcio derrubou o então presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho. O ministro Fahmy havia garantido a Kerry que o novo governo interino colocaria o Egito de volta nos trilhos, tendo como objetivo a instalação de um governo civil. Ao longo do processo, o governo dos Estados Unidos insiste que a Irmandade Muçulmana, à qual Mursi é ligado, deve ser parte do processo político. "Um processo político transparente e inclusivo que preserve os direitos de todos os egípcios de participarem e reconduza a um governo liderado por civis é crítico para o futuro econômico e político do Egito", frisou Jen Psaki.