A Polícia Federal indiciou o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda por suspeita de recebimento de doações ilícitas da empreiteira Odebrecht nas eleições municipais de 2008 e 2012. O nome dele foi citado por dois delatores da empresa sobre doações feitas a políticos por meio de caixa 2.
Lacerda é um dos muitos políticos mineiros citados em uma superplanilha da empreiteira referente a doações de campanha. Há dois anos, a Polícia Federal investiga se esses nomes estão ligados a doações legítimas ou a caixa dois.
A defesa de Marcio Lacerda afirmou que "todos os recursos recebidos foram oficialmente declarados. Não houve caixa dois. Em seu depoimento, o ex-prefeito demonstrou, com base em documentos manuscritos apreendidos pela PF na própria Odebrecht, que a tese que fundamenta o indiciamento não se sustenta sobre a realidade dos fatos".
Veja a nota, na íntegra, enviada pela assessoria do ex-prefeito Marcio Lacerda:
"A defesa de Marcio Lacerda manifesta seu absoluto inconformismo com o noticiado indiciamento realizado no curso de inquérito policial, sequer finalizado.
Com relação às doações citadas: Todos os recursos recebidos foram oficialmente declarados. Não houve caixa dois. Em seu depoimento, o ex-prefeito demonstrou, com base em documentos manuscritos apreendidos pela PF na própria Odebrecht, que a tese que fundamenta o indiciamento não se sustenta sobre a realidade dos fatos.
Em nenhuma obra da gestão de Marcio Lacerda houve qualquer tipo de contrapartida, propina ou troca de favores. Todas as obras foram definidas por processos licitatórios absolutamente transparentes e submetidos a várias instâncias de controle interno e externo.
A defesa de Marcio Lacerda manifesta sua confiança no Ministério Público e no Poder Judiciário, certo que as instituições irão coibir excessos quando o procedimento investigatório, que se encontra em curso, for finalizado".