Exército é multado em R$ 40 mil por morte de onça em Manaus

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
Publicado em 07/07/2016 às 19:39.Atualizado em 16/11/2021 às 04:12.

atirou no animal.

 A multa foi aplicada a três órgãos do Exército. O Comando Militar da Amazônia deverá pagar R$ 5 mil por contribuir para a utilização de espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente. O CIGS também foi autuado em R$ 5 mil por utilizar o animal sem a devida autorização. O 1º Batalhão de Infantaria de Selva, que era responsável pela onça, deverá pagar R$ 30 mil por transportar e manter em cativeiro o felino sem autorização e por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna sem a licença do órgão ambiental.

"O Ipaam tenta cumprir sua função da forma mais eficiente possível. Evidentemente foi uma fatalidade, mas evidentemente havia um animal sem registro, por isso as demais providências foram tomadas. Nós cumprimos o nosso papel com relação à guarda e  proteção de animais. A Gerência de Fauna tem essa responsabilidade", declarou em nota, a diretora-presidente do instituto, Ana Aleixo.

O órgão ambiental amazonense informou que os autuados terão 20 dias para apresentar a defesa e, depois desse prazo, poderão recorrer ao instituto e ao Conselho Estadual de Meio Ambiente.  O Comando Militar da Amazônia e o CIGS foram procurados, mas até o fechamento desta reportagem não foram encontrados

O incidente

O relatório técnico, divulgado nesta quitna-feira (7) pelo Ipaam, aponta que foram quatro tentativas de sedar o animal em fuga, mas apenas um dardo atingiu Juma.  "O que ocorreu no incidente foi que um dos mosquetões, uma estrutura metálica que prendia a coleira, se  soltou por apresentar uma falha. Neste momento ela escapou dos tratadores. Temos o laudo da necropsia que diz que foram dados os tiros na região frontal. Não foi que o animal fugiu e atiraram por trás. Ele [a onça] estava correndo na direção da pessoa  que atirou", esclareceu em nota o gerente de Fauna do Instituto, Marcelo Garcia. O documento também será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF).

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