SÃO PAULO - Guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram neste sábado (20) que estão mantendo com refém um soldado americano capturado em 20 de junho, mas que estão dispostos a soltá-lo para colaborar com a tentativa de negociações de paz com o governo colombiano.
As Farc disseram em seu site que capturaram o soldado, identificado como Kevin Scott Sutay, em uma floresta no sul do país, descrevendo-o como um especialista em remoção de minas terrestres de Nova York, que serviu no Afeganistão. "Apesar do direito que temos de manter Kevin Scott como prisioneiro de guerra, tomamos a decisão política de libertá-lo no espírito das discussões que estão avançando em Havana com o governo colombiano", afirmou o grupo no comunicado.
O texto referiu-se às discussões de paz em andamento na capital cubana desde novembro, que visam acabar com cinco décadas de conflito.
Os EUA, que considera as Farc uma organização terrorista, têm ajudado o governo colombiano em uma ofensiva militar na última década que tem feito guerrilheiros recuarem para regiões remotas e reduzido seus integrantes.
O grupo guerrilheiro pediu que uma comissão seja formada para auxiliar a libertação do soldado, chefiada pelo ex-senador colombiano Piedad Cordoba e por representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e pela comunidade religiosa Sant'Egidio.
O embaixador dos EUA na Colômbia, Michael McKinley, disse neste sábado que o americano "não tem relação alguma com a missão militar" americana e pediu sua libertação imediata. O diplomata afirmou que o rapaz realizava uma viagem turística quando foi capturado.