Reginaldo Lopes acredita que prisão de Lula desencadeará expansão do Partido dos Trabalhadores
O fim da janela partidária esquentou as negociações para a montagem de chapas para as eleições de outubro. Com o quadro de filiados definido desde a última sexta-feira, prazo final para aqueles que querem se candidatar à troca de legenda, as siglas começaram a definir possíveis alianças e a consolidar nomes para o pleito.
Em Minas Gerais, 23 deputados estaduais trocaram de partido. O destaque foi o Podemos, que não contava com nenhum representante na Assembleia Legislativa, e agora conta com três membros.
Já o PDT viu dois membros deixarem a legenda e agora ocupa quatro cadeiras na ALMG.
Rodrigo Pacheco, deputado federal, deixou o MDB rumo ao DEM, que agora preside
Pré-candidato ao governo de Minas, o deputado federal Rodrigo Pacheco, que se filiou recentemente ao DEM, avaliou como positivo o balanço do partido, após o encerramento da janela. “O DEM, nacionalmente e regionalmente, cresceu muito, tanto pela filiação de deputados quanto pela entrada de diversas pessoas que antes não desejavam participar da política e hoje querem caminhar conosco”, afirma.
Pacheco também adiantou quais são as primeiras alianças que devem ser consolidadas pelo partido.
“O Democratas tem conversas adiantadas com o Progressistas, Avante, PEN e com o PTC. Também mantemos diálogo com o Solidariedade”, revela. A montagem das chapas inclui a eleição proporcional.
Efeito Lula
O PT, do deputado federal Reginaldo Lopes, não sofreu com nenhuma desfiliação de parlamentares mineiros no período. Para o deputado, a prisão do ex-presidente Lula pode impactar o pleito.
“Nessa janela (partidária), há um entendimento do partido de que houve o resgate do “Lulismo”. Pessoas que antes não votariam nos nossos candidatos, mas com essa perseguição ao Lula, mudaram de opinião. Com isso, eu apostaria no crescimento exponencial do partido nas urnas”.
PSDB
Outro partido que passou praticamente ileso à janela foi o PSDB. Apenas o deputado federal Bonifácio de Andrada deixou a legenda rumo ao DEM.
Com o quadro de filiados definido, o partido agora passa a costurar acordos em torno da pré-candidatura do senador Antonio Anastasia ao Governo de Minas.
Segundo o deputado federal João Victor Xavier, a tendência é a de que o partido caminhe junto com as legendas que fizeram parte dos governos de Aécio Neves e do próprio Anastasia nas últimas décadas.
“O importante é formarmos um campo de apoio com partidos que são oposição como nós, que formaram a base de governo quando o PSDB governou o Estado”.