Forças leais ao presidente da Síria, Bashar Assad, bombardearam Qusair, uma importante cidade do oeste do país, neste sábado, no mais agressivo ataque de uma batalha que já dura uma semana e tenta deslocar os rebeldes da cidade, que é considerada uma fortaleza para a oposição. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que tem sede no Reino Unido, afirmou que pelo menos 22 pessoas morreram, incluindo 18 rebeldes, e dezenas ficaram feridas.
Os ataques deste sábado foram feitos com foguetes, morteiros e tiros de tanques logo depois do amanhecer, de acordo com informações de Hadi Abdullah, um ativista de Qusair, e do Observatório. Ambos disseram que esse foi o bombardeio mais intenso desde que o regime lançou sua ofensiva mais recente na região, há uma semana. Os disparos puderam ser ouvidos em áreas da fronteira com o Líbano e na cidade síria de Homs.
A imprensa síria afirmou que as forças do governo estão ganhando força, mas ativistas locais negam a informação e dizem que os rebeldes continuam defendendo suas posições. Qusair é estratégica para Assad porque fica em um corredor de terras que liga duas áreas importantes para suas tropas - a capital Damasco e o litoral do Mar Mediterrâneo. Para os rebeldes, manter Qusair significa proteger uma linha de suprimentos para o Líbano.
O combate sobre Qusair tem destacado o crescente papel do Hezbollah, que é apoiado por forças iranianas. Inicialmente a milícia negou envolvimento, mas não pode mais fazer isso desde que dezenas de integrantes do grupo foram mortos em Qusair e enterrados em grandes funerais no Líbano. As informações são da Associated Press.
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