A segunda geração do Ford Ka foi uma espécie de Frankenstein do atual Fiesta brasileiro e nada tem em comum com o seu primo europeu, que compartilha sua plataforma com o Fiat 500. No entanto, o subcompacto surge como opção para quem está começando na vida motorizada e não tem pai rico, para comprar um asiático da moda.
 
De acordo com a tabela Fipe, seus preços partem de R$ 17 mil e podem chegar a R$ 21.650, na opção com motor 1.0 litro, que corresponde à maioria esmagadora da frota de mais de 370 mil unidades emplacadas. Quem quiser apostar nos raros modelos 1.6 terá de pagar entre R$ 22.500 e R$ 30 mil.

No entanto, a proposta do Ka é ser um automóvel de baixo custo em todos os sentidos, principalmente na bomba de combustível, correto?!


Dosar no pé

Bom, mas para que ele beba pouco é preciso dosar no pé. Quem garante isso é o professor Sérgio Guimarães, ex-proprietário do modelo.

“Quando o comprei, tinha a referência da primeira geração, surpreendente pelo baixo consumo. Essa atual geração ficou molenga e bebe mais do que o meu EcoSport. Como a sua proposta é uma alternativa ao ônibus, resolveu bem, mas se pudesse voltar no tempo, escolheria um Volkswagen Gol”, disse ele.

Guimarães não tem saudades do espaço apertado no banco de trás, mas dá um desconto para o carrinho, em termos de conteúdo. E, por ser um popular, comerciantes orientam o consumidor a optar por unidades mais bem equipadas, sem deixar de priorizar o estado de conservação e procedência.

“Populares, em geral, são automóveis com poucos itens agregados já que têm baixo preço. Mas uma unidade mais incrementada, além de proporcionar mais conforto e conveniência, facilita a revenda, pois um carro muito básico tem maior depreciação”, explica Wincler Coimbra, da LR Automóveis.

A manutenção, por sua vez, é barata, como explica o vendedor da 1100 Auto Peças, Leonardo de Souza. “É um carro de manutenção simples e grande durabilidade. Ideal para quem tem orçamento apertado”.

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