Fraudador foragido tenta anular operação ‘Laranja com Pequi’

Ezequiel Fagundes - Do Hoje em Dia
25/07/2012 às 12:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:50
 (Eugênio Moraes/Arquivo HD)

(Eugênio Moraes/Arquivo HD)

Mesmo estando foragido da Justiça, o advogado Bruno Vidott Gomes recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular as provas obtidas pela operação ‘Laranja com Pequi’, do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal (PF). Além de invalidar o material recolhido, a defesa de Vidott quer relaxar o pedido de prisão temporária expedido contra ele pelo juiz da Vara de Inquéritos de Belo Horizonte.

Em decisão liminar, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) já havia indeferido os pedidos. O mérito da ação, porém, ainda não foi apreciado.
Seu advogado, o criminalista Leonardo Isaac Yarochewsky , alegou que a investigação teria sido conduzida essencialmente por promotores e procuradores, sem participação de agentes federais, portanto, sem “lastro legal”.

Para ele, o pedido de prisão temporária é uma forma usada pelos promotores para barganhar a deleção premiada de seu cliente.
“O Ministério Público não tem o direito de investigar e depois denunciar. Se for assim, vamos acabar com o poder da Polícia Federal. Antigamente, tínhamos a tortura para pressionar. Hoje, temos a prisão temporária”, criticou, emendando que Vidott já prestou três depoimentos, tem residência fixa, família constituída e não tem antecedentes criminais. Portanto, seria um pedido arbitrário e sem o menor fundamento.

Sobre o paradeiro do seu cliente, Leonardo Issac afirmou que só a família tem o conhecimento. “Não falo com ele diretamente. Só seus familiares”, declarou.
Ex-servidor da Secretaria de Estado de Defesa Social, onde atuou como assistente de pregoeiro em processos de licitações, Vidott é apontado nas investigações como sendo o ‘faz tudo’ da empresa Stillus Alimentação.

Pertencente aos empresários Alvimar Perrella e José Maria Queiroz Fialho, ex-presidente e atual vice presidente do Cruzeiro, respectivamente, a firma é a principal beneficiada pelo esquema de fraudes que movimentou R$ 166 milhões, de janeiro de 2009 a agosto de 2011.
Caso o STF invalide as provas, todos os demais acusados serão beneficiados pela decisão.

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