CAMPINAS - As obras de ampliação do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), estão parcialmente paralisadas nesta segunda-feira (5) por decisão de um dos sindicatos que representam os trabalhadores. A direção do Sintrapav (sindicato da construção civil pesada) diz que a pauta de reivindicações inclui PLR (participação nos lucros e resultados), vale alimentação e planos médico e odontológico. O sindicato é ligado à Força Sindical.
O Consórcio Construtor Viracopos informou, por meio de assessoria de imprensa, que cerca de 70% dos 500 funcionários interromperam atividades. Está marcada para terça-feira (6) uma reunião entre as empresas e os representantes dos trabalhadores para iniciar as negociações.
Na quinta-feira, uma assembleia já havia decidido interromper os trabalhos alegando falta de pagamento, mas o próprio sindicato confirmou que os depósitos foram feitos no mesmo dia. O sindicato da construção civil de Campinas e região, vinculado à CUT, questiona a representatividade da entidade que iniciou a paralisação e pretende buscar a Justiça do Trabalho para garantir a representação dos trabalhadores.
"Nós já tínhamos definido uma pauta com as mesmas reivindicações, mas outros valores que conseguimos antes com empresas do mesmo porte. Esse outro sindicato apareceu para confundir os trabalhadores", disse Francisco Aparecido da Silva, diretor do sindicato da construção civil de Campinas e região. Da Silva diz que definir uma paralisação antes de ouvir a posição da empresa reduz as possibilidades de negociação.
Investimento para a Copa
As obras em Viracopos começaram em agosto deste ano, após licença de instalação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), e devem ser concluídas para a Copa do Mundo de futebol, em 2014.
A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, que venceu o leilão para administrar o aeroporto por 30 anos, pretende investir R$ 8,4 bilhões em todo o período.
Nesta primeira fase, será R$ 1,4 bilhão para a construção de um novo estacionamento com 4.500 vagas e o novo terminal de passageiros, com capacidade para 14 milhões de pessoas por ano. O aeroporto tem atualmente capacidade para 7 milhões.