Investigação

Gaeco faz buscas por torcedores do Palmeiras envolvidos em emboscada a ônibus da Máfia Azul

O cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos, foi morto durante o ataque

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
28/10/2024 às 10:15.
Atualizado em 28/10/2024 às 10:16

Ataque ocorreu na rodovia Fernão Dias, em SP (Reprodução/Redes Sociais)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) continua, nesta segunda-feira (28), à procura de integrantes da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, que teriam participado de uma emboscada contra um ônibus da Máfia Azul, com torcedores do Cruzeiro, que resultou em uma pessoa morta e 20 feridos. O ataque ocorreu no domingo (27), na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.

"A morte e os ataques a torcedores do Cruzeiro em SP são inadmissíveis. Estamos trabalhando com o MPSP para identificar os homicidas e puni-los. Futebol é alegria. Esses falsos torcedores são criminosos e não representam a torcida do Palmeiras, de tantas glórias", publicou Jarbas Soares, procurador-geral de Justiça de Minas e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público.

A participação do Gaeco no caso foi determinada pelo procurador-geral de Justiça de SP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que classifica as torcidas organizadas como "verdadeiras facções criminosas". O promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, também acompanhará as investigações da Polícia Civil, enquanto o Ministério Público de Minas Gerais se colocou à disposição para auxiliar na apuração do caso.

Emboscada e Morte

Na madrugada de domingo (27), o torcedor do Cruzeiro, José Victor Miranda, de 30 anos, foi morto em uma emboscada armada por torcedores do Palmeiras na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, São Paulo. O ataque ocorreu por volta das 5h20, quando cerca de 150 palmeirenses interceptaram ônibus da torcida rival, resultando na morte de José Victor e em pelo menos 17 feridos. A tragédia reacende o debate sobre a violência nos estádios e a necessidade de medidas mais eficazes para coibir esses atos.

José Victor, membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas, deixa um filho e era conhecido por compartilhar nas redes sociais sua paixão pelo Cruzeiro e pela criança. O clube mineiro manifestou profundo pesar em nota publicada na plataforma X, afirmando que "não há mais espaço para violência no futebol" e fazendo um apelo para que a sociedade dê um basta a esses episódios criminosos que mancham a imagem do esporte.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a confusão começou quando os torcedores palmeirenses, que voltavam de um empate contra o Fortaleza, se cruzaram com os cruzeirenses, que retornavam de Curitiba após uma derrota para o Atlético Paranaense. A briga, marcada pelo uso de pedaços de madeira e fogo, causou danos a dois ônibus da torcida cruzeirense, um dos quais foi incendiado.

Tanto o Cruzeiro quanto o Palmeiras se manifestaram oficialmente lamentando o episódio. "Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos", declarou o clube mineiro. "Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor", exigiu a equipe paulista.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por