SUPER SEDÃ

Guiamos o BMW M3 Competition que parece um carro de DTM feito para as ruas

BMW M3 Competition despeja 510 cv de pura fúria nas rodas, acelera forte como se fosse um dos carros de competição da marca alemã

Marcelo Jabulas
Publicado em 16/12/2024 às 18:29.

Se tivesse que selecionar os cinco carros mais legais de todos os tempos, certamente seriam: Audi RS2, BMW M3 (E30), Dodge Viper GTS, Mercedes-Benz 190E EVO e Porsche 993 Turbo S. 

Claro que há espaço para muitos outros carros, um deles certamente seria o BMW M3 Competition, da geração G80, mesmo com seu focinho horroroso. Mas devo admitir que a grade do radiador é um mero detalhe nesse sedã fascinante.

Levamos o M3 Competition para a pista, que é seu ambiente natural. O sedã tem como principais concorrentes modelos como Audi RS5 Competition Plus, assim como o Mercedes-Benz C63 S AMG E Performance.

A trinca alemã vem se engalfinhando ao longo dos anos. Elas desenvolvem seus esportivos de olho na prancheta das outras, como se fosse uma daquelas competições de confeiteiros da TV.

A Mercedes eliminou o V8 biturbo do C63 e adotou um bloco quatro cilindros eletrificado. A Audi não abre mão de seu poderoso V6 biturbo. Já a BMW se mantém fiel ao seis cilindros em linha 3.0 biturbo, que no M3 Competition foi ajustado para 510 cv e 66 kgfm de torque.

Toda essa força é gerenciada pela transmissão automática 8-Speed M Steptronic de oito velocidades e distribuída nas quatro rodas pelo sistema de tração integral xDrive. Mas não se engane, é possível bloquear o torque nas rodas dianteiras e enviar tudo para as traseiras. Afinal, é um BMW M.

As enormes rodas de 19 e 20 polegadas escondem imensos discos de freio. Os apêndices aerodinâmicos parecem enfeites, mas são totalmente funcionais. Por dentro, o carro se entre um carro de luxo e um de corridas. 

Os bancos são feitos em fibra de carbono. O volante tem revestimento em camurça (para não escorregar nas mãos). Mas ao mesmo tempo, ele agrega todos os itens refinados dos demais BMW, como assistentes de condução, conectividade, multimídia flutuante e integrado ao quadro de instrumentos, climatização digital e comandos por voz. Uma parafernália completa.

Na pista

Mas quando se coloca um carro destes na pista, não queremos saber de mais nada, apenas acelerar. Os olhos estão fitados na pista e no Head-Up Display, que projeta um reluzente conta-giros e a posição de marcha.

Com o aval do controlador de pista, damos a partida. O ronco invade a cabine e o pé direito afunda no acelerador. O M3 dá um coice forte e o ruído fica ainda mais intenso.

As marchas sobem numa velocidade alucinante e num segundo a primeira curva. Com a pista molhada, é preciso frear forte e utilizar as borboletas para reduzir as marchas e auxiliar na desaceleração. Ao dar pé novamente, a traseira teima em querer sair.

Claro que para esta experiência nos foi recomendado manter o controle de tração ligado. E não convém querer bancar o piloto com um carro de R$ 860 mil. 

O M3 encara as curvas com muita voracidade, graças ao acerto de suspensão firme. Na pista impecável, não sentimos os solavancos das depressões de uma via comum. Ou seja, mais uma vez temos a certeza que o lugar desse carro é o autódromo.

Depois de algumas voltas, com acelerações brutais e frenagens impressionantes, retorno aos boxes com sorriso amplo no rosto, sem ligar para o focinho de fuinha desta criatura infernal.

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