O início dos anos 2010 foi a era do ouro dos zumbis. The Walking Dead estava bombando na TV a cabo e toda indústria do entretenimento viu que poderia surfar aquela onda de vísceras e sangue coagulado.
E foi o que fez a Deep Silver, quando publicou Dead Island. O action RPG em primeira pessoa colocou o jogador numa ilha paradisíaca que se tornou o epicentro de um vírus que transformava as pessoas em comedores de cérebro.
O jogo se tornou um clássico e estimulou outras produções com mortos-vivos como vilões, como Dying Light (que foi claramente inspirado em DI). E mais de uma década depois, Dead Island 2 chegou ao mercado.
Com edições para PC, PS5, PS4, Xbox Series e Xbox One, o game leva a epidemia para uma escala global. A trama se passa em Los Angeles, quando o avião em que o protagonista estava embarcado caiu nas proximidades da Cidade dos Anjos.
Como no primeiro título, o jogador pode escolher qual personagem irá comandar. Cada um tem uma peculiaridade, como eficiência em ataque de esmagamento, armas de corte ou de fogo.
Em terra firme, o protagonista ajuda alguns sobreviventes. Entre eles, uma atriz de Hollywood. Ela lhe passa o endereço em Beverly Hills, caso consiga chegar até lá.
Mas num ato de boa fé, o nosso herói é mordido. Ele sente febres e corre em busca de abrigo. Na mansão da artista, o jogador é colocado em quarentena até provar que é imune ao vírus.
Lá ele encontra com Sam B, o rapper que fazia parte dos personagens do primeiro jogo. O protagonista resolve sair em busca das autoridades para mostrar sua resistência ao vírus. E é aí que a trama começa.
Gameplay
Dead Island 2 tem o mesmo padrão de jogabilidade do primeiro título. Coletar armas pelo caminho (que se despedaçam com facilidade), assim como fazer melhorias e procurar grana para comprar equipamentos melhores.
O game oferece sistema de evolução com pontos de experiência. Ou seja, quem jogou o primeiro irá jogar o segundo sem precisar fazer esforço para lembrar a lógica do título.
A jogatina é envolvente, assim que a trama começa, os zumbis surgem pelo caminho e a selvageria toma conta da brincadeira. Missões paralelas pipocam a todo instante, devido ao encontro com personagens secundários.
Gráficos
Visualmente Dead Island 2 agrada. Tem boas texturas, efeito de água convincente, dentre outros caprichos, como muitos elementos interativos. Mas peca por exemplo pela falta de reflexo do personagem.
Isso mesmo, o protagonista não tem reflexo nos espelhos. Trata-se de uma economia porca, uma vez que os produtores teriam que criar reflexos de todos os possíveis personagens jogáveis. Não faz sentido, uma vez que praticamente todo game é vendido em formato digital.
Palavra final
Dead Island 2 é legal, não inova em gameplay, mas também não estragou o que já era bom. Tem alguns pecados técnicos, que poderiam ter sido melhor lapidados. Com preços iniciais na casa dos 170, é uma opção para quem gosta de zumbis.
Na PSN é possível baixar a demonstração. Vale a pena testar, principalmente no PS5, que tem download bem rápido.