O segmento de consoles mobile está no mercado há mais de 40 anos. Começou nos anos 1980 com o Nintendo Game & Watch e, posteriormente, evoluiu para o Game Boy, Game Boy Color, Advance, DS, 3DS até chegar ao Switch Life.

Nesse período, a Sega apostou no Game Gear, a SNK no Neo Geo Pocket, a Atari com o Lynx, mas todos obliterados pelos consoles de mesa e, depois, pelos computadores. No entanto, com o aquecimento do setor de jogos para smartphones, que é o maior filão da indústria, gigantes da tecnologia resolveram apostar em equipamentos mobile.

E como a galera gosta de jogar no celular, por que não oferecer consoles de alta performance que podem ser carregados no bolso? Primeiro veio a Vale, dona da mais popular plataforma de games para computadores, a Steam. Ela lançou o poderoso Steam Deck, capaz de rodar games que demandam PCs de alto desempenho.

Mas nesta semana a Logitech, famosa por seus periféricos, principalmente pelos precisos volantes de simuladores, apresentou o G Cloud. Esse portátil foi desenvolvido para rodar conteúdos em nuvem. Ele foi anunciado por US$ 300 (R$ 1.550) para o mercado norte-americano e estreia em outubro.

Por aqui, é possível comprar com facilidade apenas o portátil da Nintendo. com preços que variam de R$ 1.500 a R$ 2.000 e pode ser encontrado em lojas físicas. Já o Steam Deck, apenas varejos online como o eBay, por nada modestos R$ 5 mil. Vamos conferir o que cada modelo oferece.

Nintendo Switch Lite

O Switch Lite é o mais jovem descendente do Game Boy. Diferentemente do Switch original, que é híbrido e pode ser jogado como console de mesa, essa versão é apenas mobile.

Assim, perde um pouco de poder de processamento, mas nada discrepante e que prejudique a experiência. Poucos são os títulos que não são compatíveis como ele, como os jogos que demandam sensores de movimento dos Joys-Cons (que são direcionais destacáveis do modelo padrão).

O Switch tem o hardware mais modesto do trio. Ele utiliza processador Nvidia Tegra Maxwell e unidade gráfica GeForce ULP, além de 4 GB de RAM. Sua memória interna é de apenas 32 GB, mas permite expansão com cartão Micro SD.

A tela tem 5,5 polegadas e é bastante confortável diante dos olhos, com 20 cm de largura e 276 g, ele pesa o mesmo quem um Samsung Galaxy Z Fold 3 e cabe numa bolsa ou até num bolso de casaco.

Esse Nintendo permite rodar jogos em mídia física. A Big N criou um modelo de cartucho que parece um cartão de memória convencional, mas com formato exclusivo. Mas quem preferir versões digitais, pode baixar na loja online da empresa.

Steam Deck

O Steam Deck chegou ao mercado há poucos meses, com preço de US$ 400, que é tão caro como os consoles de mesa da atual geração. Com hardware parrudo, ele utiliza processador AMD Zen 2 de até 3,5 GHz, unidade gráfica de 1,6 GHz, 16 GB de RAM e armazenamento que varia de 64 GB a 512 GB.

Para caber tudo isso, ele é grande pesado. São quase 30 cm de largura e 12 de altura, assim como outros 5 cm de espessura e quase 700 gramas. Sua tela é de sete polegadas.

Esse “PS5” mobile é poderoso e pode rodar games pesados como “Elden Ring”, “Final Fantasy VII: Remake”e “God of War”. Em tese, qualquer game do Steam pode rodar no aparelho, mas a Valve recomenda jogos que passaram por testes de compatibilidade. 

Logitech G Cloud

O novato entre os mobile chega como um meio termo entre o Nintendo e o aparelho da Vale. Com 460 gramas, cerca de 25 cm de largura 12 de altura, e tela de sete polegadas, promete ser mais prático que o Steam Deck e com melhor conforto visual que o Nintendo Lite.

Esse aparelho utiliza processador Snapdrogon 720G, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. Assim como o Lite, ele tem soquete para cartões Micro SD. Perto do Steam Deck, o G Cloud é modesto, ainda mais para quem gosta de ter o game instalado no consoles. 

Mas o barato desse portátil é rodar jogos em nuvem, como seu nome já indica. Ele pode rodar games como “Forza Horizon 5” e “Deathloop”, que chegaram para a atual geração e mostram que o console tem poder de fogo para encarar os rivais.

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