Jogos de corrida são um grande barato, mas precisamos reconhecer que quanto mais realistas, maior é o nível de dificuldade e, consequentemente, menor é o interesse de quem quer apenas se divertir de forma casual. Por outro lado, os games tipo arcade muitas vezes pecam pela superficialidade.
Claro que há games simples que são extremamente desafiadores, como o caso de Super Mario Kart, a franquia de corridas mais vendida da história. Mas é necessário ter o lastro da Nintendo para fazer um bom jogo de corridas que combine simplicidade, desafio e diversão.
E um desses jogos é New Star GP, que acabou de estrear no mercado com edições para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One e Nintendo Switch. Com preços que variam de R$ 90 a R$ 160, o título desenvolvido pela britânica New Star Games, tem estilo retrô, é leve e muito prático de se jogar.
Com gráficos poligonais, mas bem acabados, ele lembra jogos de PC do início dos anos 1990. Caprichado, tem vários ângulos de câmera, inclusive com visão sobre o coletor de ar central, como nas câmeras reais, de dentro do cockpit (minha favorita) e claro, de fora do carro ou visão do bico do monoposto.
No game, o jogador tem duas opções, carreira ou multiplayer. No modo carreira, o jogador cria seu piloto, tem sua equipe e pode otimizar seu carro com novos itens, pesquisas e contratação de profissionais.
Para melhorar o carro e o time é preciso acumular créditos que são conquistados a cada desafio. São recursos comuns em games sofisticados como WRC 10 ou F1 2023.
Mas o grande barato é que o game, que busca se inspirar na F1 real, tem etapas e pilotos que invocam circuitos e corredores históricos, apesar dos traçados diferentes, é impossível não reconhecer localidades como Monza, na Itália, por exemplo.
A jogabilidade tem dinâmica interessante. Isso porque, a cada etapa desbloqueada, o jogador deve passar por etapas como treino livre em um traçado reduzido. Parece desnecessário, mas além dos pontos extras, é uma forma de o jogador decorar pontos críticos da pista.
Um elemento tirado dos antigos games dos anos 1990, como Super Monaco GP, Sega Rally ou Daytona Usa é a etapa de checkpoints, em que o jogador deve finalizar duas voltas antes que o cronômetro se esgote a cada ponto de checagem. Essa corrida é fundamental para desbloquear o GP de cada pista.
Já a etapa do Grande Prêmio é como uma corrida de verdade. É preciso escolher pneus (macios, duros e chuva) e abastecer. O jogador pode programar as paradas de acordo com a durabilidade dos pneus.
Valeu lembrar que o tipo de pneu interfere na aderência. Pneus macios grudam mais e permitem que o carro entre em curvas com maior velocidade. No entanto, desgastam rápido.
O jogador ainda conta com a função turbo, que dá potência extra momentaneamente. O turbo é recarregado a cada volta.
Vencer as corridas, além de garantir mais créditos também oferece pontuação. Quando o jogador atinge um nível exigido pelo jogo é possível evoluir para a próxima geração, que é dividida em décadas.
Assim, de forma simpática, sem querer reinventar a roda, New Star GP mostra que é possível unir os diferentes mundos dos jogos de corrida e ser extremamente divertido. Quem dera se F1 da Electronic Arts fosse tão legal.