Visual de Noreya

The Gold Project resgata gameplay criado por Metroid há quase 40 anos

Formato intrigante e desafiador foi copiado por muitos outros estúdios

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 04/08/2024 às 11:37.

Uma das primeiras heroínas dos games se chama Samus Aran. Ela apareceu de forma tímida com sua armadura e capacetes que escondiam seu corpo e curvas em Metroid. Esse clássico da Nintendo foi responsável por criar, junto com Castlevania, o chamado estilo Metroidvania.

O neologismo se traduz em um jogo em que é necessário visitar os mesmos pontos do mapa várias vezes, pois os recursos que liberam passagens no início da jornada estão bem longe. Ou seja, um game que atravessar o mapa nunca significa chegar ao fim.

Metroid fez isso de forma brilhante e a receita tem sido repetida pela Nintendo ao longo dos anos. Castlevania também e Symphony of Night é o melhor exemplo. O formato intrigante e desafiador foi copiado por muitos outros estúdios. E uma das produções mais recentes é Noreya: The Gold Project.

O título da produtora Dreamiri tem toda panca de jogo Indie, com um enredo bem obscuro que se revela de forma gradativa. O jogador assume o papel de uma mulher (como Samus Aran), mas em um ambiente fantasioso, com magias e divindades no lugar de tecnologia sci-fi. 

O estilo da protagonista é sombrio, basicamente sua silhueta, o brilho dos olhos e uma capa. Ela percorre cenários saltando e lutando contra criaturas sombrias, que também se revelam apenas pelo contorno. 

O game oferece um mapa gigantesco, com diferentes regiões dominadas por deuses da Luz, da Sombra, da Corrupção e do Ouro. Essas quatro divindades adicionam elementos que multiplicam a experiência de jogo. Isso porque quando o jogador se alia a uma delas, recebe itens e poderes que facilitam o acesso a determinados pontos do mapa.

Num jogo Metroidvania sempre há um ponto inacessível que depende de uma habilidade para ser alcançado. Mas em Noreya, a fidelidade a um Deus entrega abrem caminho para um ponto, mas restringe a conquista para acessar outros. Assim, o jogador é instigado a repetir a jornada. Uma sacada genial.

E coletar todas as habilidades e poderes exige determinação. São mais de 50 melhorias que ajudam a abrir caminhos pelo jogo. Ou seja, é uma jornada imensa.

O gameplay é gradativo. O jogador inicia a jornada com salto simples, enfrenta inimigos pouco ameaçadores. Com o avanço, os caminhos se tornam mais complexos e as criaturas crescem em escala geométrica. Quando se joga, é impossível não pensar em Metroid, Castlevania e Prince of Persia, apenas para citar os clássicos.

Visual de Noreya

O visual de Noreya: The Gold Project é retrô, totalmente desenhado em Pixel Art. Mas com pontinhos bem pequenos que permitem um nível de definição incrível dos ambientes, criaturas e personagens. As misturas de tonalidades escuras e claras para definir a profundidade do cenário e criar um efeito tridimensional é incrível.

Noreya: The Gold Project é um game que vale a pena ser jogador. Pois diferente de muitos jogos Indie que a história é confusa e o gameplay é pouco desafiador, esse jogo é como uma areia movediça que te absorve a cada sala vencida. Não dá para parar de jogar. E o melhor, é baratinho, custando apenas R$ 48 na Steam.

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