Plágio do plágio

Top Gear 3000 chegou há 30 anos incorporando elementos de outros jogos

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 31/03/2024 às 07:00.
 (Reprodução)

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Antes de mais nada, vou deixar bem claro que sou alucinado por Top Gear. Não estou falando do programa de carros da BBC (que também adoro), mas do game para Super Nintendo publicado em 1992 e que se tornou um fenômeno no Brasil, com direito a remake chamado de Top Racer, que ainda iremos testar. Mas não podemos negar que Top Gear tinha seus elementos plagiados. A começar pelo nome. Depois, por ser adaptação de um dos jogos da série Lotus para computadores. Mas tudo bem, Top Gear era muito mais legal que jogo dedicado aos carros de Colin Chapman. Um ano depois, Top Gear 2 trouxe inovações interessantes, como a carroceria única e upgrades que poderiam melhorar o desempenho dos pilotos. Um game excelente, que encheu a Gremlin Interactive de coragem. Assim, em 1994 ela publicou Top Gear 3000. Se o primeiro TG sofreu lá fora por ser um carbono de Lotus, TG3000 pecava por tentar ser uma mistura F-Zero com o aclamado Rock & Roll Racing. A ideia era trazer um jogo de corrida no futuro, em que os carros disputam competições em diferentes planetas, como foi o enredo de R&RR. O game também incorporou elementos de F-Zero, como as bases de recarga por indução (que reduzem a velocidade do bólido) e trouxe até mesmo uma base de reparos, uma vez que herdou os danos físicos de Top Gear 2. Seria perfeito se os designers não tivessem tido uma imensa preguiça de desenhar o game para ser futurista. Toda a proposta exibida na apresentação, menus e no design do carro se perde ao colocar o bólido na pista. Isso porque os cenários não se diferenciam das locações contemporâneas de Top Gear ou Top Gear 2.  Rock & Roll Racing tinham um visual caótico, assim como F-Zero, em que a pista ficava no céu, com a cidade lá embaixo. A própria introdução do game diz que a galáxia estava esfacelada por uma grande guerra e que a competição reunia pilotos poderosos em busca de riqueza. Top Gear 3000 se vendia como ficção, mas era parnasiano, com paisagens gramadas e um belo céu azul. Com o passar das corridas, cenários lunares são adicionados, o que cria um ambiente mais simpático à ideia do jogo. Mas era algo que deveria estar na primeira prova. E não depois que o jogador já tinha se decepcionado.Para piorar, o game pecava por não trazer inovações em jogabilidade. Era como jogar os games anteriores. Não tinha graça. Os designers adicionaram rampas que pouco contribuem na corrida, assim como faixas bem estreitas, que afunilam alguns trechos. Mas de resto, é um jogo morno e um fim melancólico para uma franquia que merecia uma despedida melhor. Leia mais:
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