Sem cargo, sem função

Após pedido de Moraes, Exército afasta Mauro Cid, que vai usar tornozeleira eletrônica

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teve acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado no sábado

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/09/2023 às 14:35.
Atualizado em 10/09/2023 às 14:37
Mauro Cid será questionado sobre mensagens com teor golpista (Reprodução/Redes Sociais)

Mauro Cid será questionado sobre mensagens com teor golpista (Reprodução/Redes Sociais)

Atendendo a um pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Exército afastou o tenente-coronel Mauro Cid das funções nas Forças Armadas. Ele ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), sem ocupar cargo e exercer qualquer função.

Auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid teve o acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado nesse sábado (9). E, no mesmo dia, Moraes concedeu liberdade ao militar, que estava preso desde 3 de maio em um batalhão do Exército, em Brasília.

Moraes impôs condições como o uso de tornozeleira eletrônica, não sair de casa à noite, nem ter contato com outros investigados nos casos dos quais é alvo - com exceção de familiares -, além do afastamento do Exército.

Cid deverá dar mais detalhes e entregar aos investigadores elementos que ajudem a esclarecer suspeitas que envolvem Bolsonaro - como a de fraude em cartões de vacinação, a venda de joias recebidas pelo governo brasileiro e a trama para uma tentativa de golpe no país.

Em troca, o ex-ajudante de ordens poderá ter um abatimento ou até mesmo um perdão de uma eventual pena em caso de condenação.

Condições impostas por Moraes para Cid ser solto:

  • Uso de tornozeleira eletrônica e proibição de ausentar-se da Comarca, de sair de casa à noite e nos finais de semana;
  • Afastamento do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército;
  • Obrigação de apresentar-se semanalmente perante ao Juízo da Execução da Comarca de origem;
  • Proibição de ausentar-se do país e cancelamento de todos os passaportes emitidos em nome do investigado;
  • Suspensão imediata de porte de arma de fogo bem como de realizar atividades de colecionador, tiro desportivo e caça;
  • Proibição de utilização de redes sociais;
  • Proibição de comunicar-se com os demais investigados, com exceção de Gabriela Cid (esposa), Beatriz Cid (filha) e Mauro Lourena Cid (pai).
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