'Bateu, bateu, bateu' e 'só vi uma bola de fogo'; veja conversas de controladores sobre acidente
Torre de controle do aeroporto Ronald Reagan, em Washington, orientou o piloto da aeronave militar a passar "por trás" da comercial.
Na noite de quarta-feira (29), por volta das 21h no horário local, um avião comercial e um helicóptero militar colidiram nas proximidades do Aeroporto Nacional Reagan em Washington D.C., resultando na queda de ambas as aeronaves. O incidente ocorreu por volta das 23h, no horário de Brasília.
Veja momento da colisão:
Durante a transmissão do Controle de Tráfego Aéreo, é possível ouvir o momento em que um controlador questiona o helicóptero sobre a separação de segurança entre as duas aeronaves:
"PAT25, você tem um CRJ à vista? PAT25, passe atrás do CRJ", instruiu um controlador de tráfego aéreo às 20h47, no horário local.
Pouco tempo depois, uma explosão foi registrada sobre o rio Potomac, na região do Aeroporto Nacional Reagan. Um dos controladores exclamou: "Bateu, bateu, bateu. Isso é um alerta três!"
Outras aeronaves que estavam no local também entraram em contato com a central de controle, perguntando se a torre havia presenciado a colisão.
"Não sei se você ouviu o que aconteceu antes, mas houve uma colisão na aproximação para a pista 33. Vamos suspender as operações por tempo indeterminado", informou outro profissional do tráfego aéreo.
Relatos dos controladores
"Tanto o helicóptero quanto o avião caíram no rio", acrescentou um controlador. "Provavelmente está no meio do rio", respondeu outro.
"Eu só vi uma bola de fogo e, depois, desapareceu. Não vi mais nada depois que atingiram o rio, mas era um CRJ e um helicóptero que colidiram", relatou um terceiro controlador.
Diante do impacto, outro profissional do tráfego aéreo determinou que os aviões em rota para a pista 33 fizessem um desvio para pousar em outra pista do aeroporto.
Operação de busca e resgate
A Guarda Costeira mobilizou todos os recursos disponíveis para realizar buscas no rio Potomac. A escuridão da noite e o frio de cerca de 3°C dificultam os trabalhos. O helicóptero pertencia à Companhia Bravo, do Exército, do 12º Batalhão de Aviação. No momento do choque, a visibilidade era considerada boa.
Até o momento, não há informações sobre o número de vítimas ou sobreviventes. As autoridades continuam investigando as causas do acidente.