descarbonização no transporte público

BH fará parte de programa em parceria com Reino Unido para redução dos gases de efeito estufa

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
31/10/2022 às 18:54.
Atualizado em 31/10/2022 às 18:56

Estação de monitoramento da qualidade do ar em BH (Wesley Rodrigues)

Belo Horizonte está entre as seis cidades brasileiras selecionadas para um programa bilateral de aceleração entre o Brasil e o Reino Unido, para buscar soluções que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Em parceria com empresas, o programa vai buscar modelos que possam descarbonizar o transporte no Brasil (e no mundo), implementando um transporte eficiente, eficaz e de baixo custo.

O programa funciona definindo desafios de inovação, explorando as startups adequadas ao problema e impulsionando a colaboração entre as empresas e as startups para gerar oportunidades de negócios bem-sucedidas. 

Além de BH, também foram selecionados para participar do projeto os seguintes municípios: Curitiba, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Caxias do Sul.

Das seis cidades selecionadas para a próxima fase, três servirão de base para testes das soluções a serem implementadas, recebendo os incentivos previstos no projeto.

Segundo a Prefeitura, a capital mineira foi escolhida devido à amplitude de estudos técnicos, ao avanço nas políticas públicas para mitigar as emissões de combustíveis fósseis e às medidas de enfrentamento às mudanças climáticas desenvolvidas pelo município. 

"Nossa cidade já deu passos importantes para a descarbonização das atividades e serviços, e isso a coloca como prioridade em ações como esta, que promovem o intercâmbio entre potências internacionais e empresas inovadoras para acelerar a chegada desse resultado", ressaltou o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.

A capital conta com um Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa atualizado com o instrumento de análise de riscos e vulnerabilidade climática, além de toda a base diagnóstica do consumo de energia e recursos hídricos da cidade. 

Além disso, explica a administração pública, em 2021, a cidade aderiu à campanha global Race to Zero, assumindo a meta de neutralização do carbono até 2050.

E foi uma das oito cidades convidadas a contribuir com o desenvolvimento de um resumo para Formuladores de Políticas Urbanas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC, em inglês), além do refinamento das conclusões do Sexto Relatório de Avaliação das mudanças climáticas, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O IPCC é uma organização científico-política foi criada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ambas ligadas à (ONU), com a finalidade de divulgar informações sobre as mudanças climáticas que afetam o planeta.

De acordo com o Departamento de Energia e Clima do PNUMA, "as emissões de gases de efeito estufa causadas pelo ser humano ameaçam a saúde humana e ambiental, e os impactos serão mais generalizados e danosos sem uma ação climática potente".

Para acompanhar as ferramentas na mitigação das emissões de gases de efeito estufa, o Plano de Redução das Emissões de Gases do Efeito Estudo (PREGEE) também foi revisado. E, até o fim do ano, deverá ser concluído o Plano Local de Ação Climática (PLAC), documento que vai determinar políticas para reduzir as emissões de gases e minimizar as possíveis perdas materiais e humanas causadas por eventos climáticos extremos na cidade, afirma a PBH.

Flávio Tavares/Hoje em Dia

 Além disso, no ano passado, foram iniciados os testes com um ônibus 100% elétrico no sistema de transporte coletivo municipal, resultado de parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, a Cemig SIM, BYD, BHTrans, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, ICLEI/TAP, WRI Brasil e Viação Torres. 

O ônibus circulou durante 30 dias, em quatro linhas em diferentes regiões de Belo Horizonte. O estudo está em fase final de conclusão, para avaliar o desempenho, o consumo, a emissão de poluentes atmosféricos e de ruídos, além de verificar a viabilidade técnica e econômica de sua utilização no sistema de transporte público na capital. 

A utilização de energia elétrica como força motriz para automóveis é uma das estratégias de mitigação no disparo de combustíveis fósseis na atmosfera.

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