Mãe e filha

Brasil terá 'Ainda Estou Aqui', com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, na disputa pelo Oscar

Longa traz a história de Eunice Paiva contra a ditadura militar

Agência Brasil
Publicado em 23/09/2024 às 17:03.Atualizado em 23/09/2024 às 17:17.
Fernanda Montenegro e Fernanda Torres atuam juntas em "Ainda Estou Aqui" (Reprodução / Instagram Fernanda Torres)
Fernanda Montenegro e Fernanda Torres atuam juntas em "Ainda Estou Aqui" (Reprodução / Instagram Fernanda Torres)

O filme "Ainda Estou Aqui", do diretor Walter Salles, foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) pela Academia Brasileira de Cinema após decisão unânime da comissão de seleção. 

"Ainda Estou Aqui" disputou com mais cinco produções: "Cidade Campo", de Juliana Rojas; "Levante", de Lillah Halla; "Motel Destino", de Karim Aïnouz; "Saudade Fez Morada Aqui Dentro", de Haroldo Borges; e "Sem Coração", de Nara Normande e Tião.

A película ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e foi exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, além de ser selecionado para o Festival de Nova York. 

“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. Ainda Estou Aqui é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção, em publicação da Academia Brasileira de Cinema. 

Estrelado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, filme é ima adaptação de uma obra autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva em que conta a história de sua mãe Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, que foi levado de casa e morto pelos militares durante a ditadura. Por décadas, Eunice buscou a verdade sobre o que havia ocorrido com o marido, tornando-se uma voz importante contra o regime, abertura dos arquivos e a busca pelo memória dos desaparecidos políticos.

Eunice é interpretada pela atriz Fernanda Torres, que tem sido elogiada por sua atuação pelos críticos de cinema. 

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