Após desembarcar no Brasil, trazendo 211 brasileiros resgatados da zona de conflito em Israel, o comandante do voo da FAB falou sobre a satisfação em fazer parte do primeiro voo de resgate. Marcos Olivieri relatou ter ouvido explosões nos arredores do aeroporto em Tel Aviv, mas destacou o planejamento feito para entrar e sair do país em segurança.

A aeronave pousou em Brasília no início da manhã desta quarta-feira (11). O comandante destacou que o tempo de reação foi bastante curto, após o início do conflito. No entanto, ele afirma que o governo conseguiu fazer um planejamento minucioso para conseguir entrar na zona de guerra. “O voo, tanto de ida quanto de volta, correu sem intercorrência, apesar da gente ter ouvido algumas explosões quando a gente estava no solo lá em Tel Aviv, ao redor do aeroporto. A gente ficou um pouco receoso, mas tudo correu bem sem intercorrências", afirma.

Marcos contou que a logística começou a ser organizada no último sábado (7), pelo governo federal, assim que o conflito começou. Olivieri e a tripulação farão uma pausa para o descanso e, no fim do dia, voltam para Israel, para mais um voo de resgate de brasileiros.

O comandante relatou ainda que a satisfação em fazer parte do voo de repatriação estava no rosto dos passageiros resgatados. “A gente já estava feliz por poder fazer parte disso, vamos continuar fazendo até quando for necessário, mas a recompensa que a gente tem é a felicidade latente no rosto, no sorriso de cada passageiro que a gente trouxe.”

No total, serão cinco voos até domingo (15) na chamada Operação Voltando em Paz, coordenada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Neste primeiro momento, a estimativa é retirar 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina.

O Itamaraty já colheu os dados de pelo menos 2,7 mil brasileiros interessados em deixar a região e voltar ao Brasil. A maioria é turistas que estavam hospedados em Tel Aviv e Jerusalém quando, no último sábado (7), o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deflagrou um ataque contra o território israelense. Seguiu-se, então, forte reação militar de Israel, que passou a bombardear a Faixa de Gaza.

*Com informações da Agência Brasil

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