MUNDO PET

Crescimento da população pet impulsiona cuidados e mercado veterinário

Coordenadora do curso de Medicina Veterinária das Faculdades Kennedy destaca as oportunidades para os profissionais da área

Do HOJE EM DIA (*)
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/02/2025 às 16:05.Atualizado em 07/02/2025 às 17:13.

O Brasil detém atualmente a terceira maior população de pets do mundo, com quase 170 milhões de animais. O incremento populacional ganhou novos números na pandemia (30%), quando muitos brasileiros escolheram a companhia, sobretudo de cães e gatos, para enfrentar o período de isolamento social, aponta pesquisa Radar Pet. A mudança na relação entre tutores e bichinhos, cada vez mais mimados, impulsiona negócios que oferecem cuidados e também o mercado veterinário, abrindo possibilidades profissionais.

Dados da Receita Fedeal de 2023 apontam que as micro e pequenas empresas são 98% do setor, e são os microempreendedores individuais os que mais movimentam a economia setorial, liderando 111.922 desses negócios. Os pequenos e médios pet shops, inclusive, totalizam 49% da receita do setor, contra 9% das grandes redes. Clínicas e hospitais veterinários detêm 18%.

“Há 40 anos os cães ficavam do lado de fora das casas, muitas vezes apenas como cães de guarda. Hoje, estão no sofá, nas camas, acompanham os donos em viagens e frequentam hotéis e restaurantes pet-friendly”, observa a administradora Andréa Lopes, sócia-proprietária de um centro hospitalar veterinário em Montes Claros, no Norte de Minas. 

A empresária destaca que as pessoas encontraram nos pets uma fonte de alegria e energia e que essa mudança na relação impactou diretamente a medicina veterinária. “Antigamente, o veterinário era clínico geral, sem especialidades. Hoje, as pessoas procuram dermatologistas, oftalmologistas, ortopedistas e até neurologistas para seus pets”, afirma. “E essa preocupação com o bem-estar do animal só tende a crescer”.

Qualificação abre portas aos profissionais

A coordenadora do curso nas Faculdades Kennedy, Isabella Gruppioni, ressalta que a Medicina Veterinária tem um campo de atuação muito amplo, o que torna essencial que o profissional invista em especializações e qualificações contínuas para conseguir lidar com demandas diversas e não apenas restritas a animais domésticos. 

“Com o fenômeno da urbanização e o crescente contato entre humanos e animais, a saúde pública se torna cada vez mais relevante. Isso cria diversas oportunidades para os médicos veterinários em áreas como vigilância epidemiológica, controle de zoonoses e segurança alimentar”,diz a profissional, destacando a qualidade da formação oferecida aos alunos no curso da Kennedy https://kennedy.br/ que está com matrículas abertas.

A comerciante Rejane Kelly Rodrigues Caldeira comprova que a relação dos responsáveis com os pets está cada dia mais próxima e requerendo investimentos. Atualmente, ela e a família cuidam de seis cães de porte médio e pequeno, todos adotados. “Somos contra a compra de animais. E nosso objetivo é garantir qualidade de vida para eles”, admitindo que o custo não é dos menores. “Criamos eles com muita qualidade e o custo é alto.  Um dorme com a gente, porque é pequenininho. Os demais dormem no colchão dentro do nosso quarto. É família”.

Ela também menciona o aumento na criação de animais exóticos. “A demanda por macaquinhos, cobras, iguanas e roedores está crescendo. São animais que exigem cuidados específicos e que também vêm ganhando espaço nos lares dos montes-clarenses”, finaliza.

Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no Brasil a preferência dos tutores é por cães (67,8 milhões) e gatos (40 milhões). Mas há também quem ame peixes ornamentais (20 milhões). 

(*) com informações de Larissa Durães

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por