Dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Silvio Santos morreu neste sábado (17) aos 93 anos. O empresário e apresentador estava internado no Hospital Albert Einstein desde o início do mês. Ele estava hospitalizado para se recuperar de H1N1.
Um dos maiores nomes da TV brasileira há mais de 60 anos, Silvio (Senor Abravanel) nasceu em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. Os pais eram imigrantes de origem judia. Ele era o mais velho de cinco irmãos.
Silvio Santos estudou contabilidade e trabalhava como camelô nas ruas do Rio de Janeiro. Vendia canetas durante as eleições de 1946. Na mesma década, chegou a trabalhar na locução de rádios.
O primeiro contrato como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo, foi assinado em 1954. Na sequência, seguiu para a Rádio Nacional, a pedido do empresário Manuel de Nóbrega.
Ficou marcado no fim da década de 1950 com o Baú da Felicidade. Chegou até a fazer shows em circos para vender os carnês.
O primeiro programa de TV foi o “Hit Parade”, na TV Paulista, em fevereiro de 1958. Em 1962, passou a ser apresentador do “Vamos brincar de forca”, também na TV Paulista.
Foi então que foi parar na TV Globo, justamente com o programa Silvio Santos. Três anos depois, passou a ser apresentador também na TV Tupi com “Festa dos Sinos", "Sua Majestade: o Ibope", "Cidade contra Cidade" e "Silvio Santos Diferente".
Em 1975 venceu a concorrência para adquirir o Canal 11, do Rio de Janeiro, e no ano seguinte, inaugurou a TVS. Em 1976, saiu da TV Globo.
Silvio ganhou outras concessões e, em 1981, entrou no ar o SBT. O Programa Silvio Santos teve vários quadros ao longo dos anos, como “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”.
Silvio Santos também tentou carreira política. Em 1989 disse que iria concorrer à Presidência da República, mas a candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral.
Um dos momentos mais marcantes na vida ocorreu em 2001, A filha dele, Patrícia, foi sequestrada. Depois de solta, o sequestrador invadiu a casa do apresentador e o refém por sete horas.
O caso só terminou após intervenção do governador de São Paulo na época, Geraldo Alckmin, que conversou com o sequestrador.
Ele seguiu no SBT ao longo dos últimos anos, tendo saído durante a pandemia da Covid-19.
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