O dólar comercial renovou mais uma vez seu recorde, a R$ 5,66. Este é o maior valor desde janeiro de 2022. Em comparação com o início do primeiro semestre, a desvalorização do real foi da ordem de 15%. No dia, o euro comercial acompanhou a tendência e irrompeu os R$ 6,00. Hoje, a moeda se aproxima de R$ 6,10, valorizada quase 13% em relação ao real, desde o início de 2024.
É verdade que o setor externo possibilita a saída de capitais na grande maioria dos países emergentes - e o Brasil não é exceção. O patamar estável dos juros nos Estados Unidos atrai investidores, naquele que é considerado o mercado mais seguro para se investir. Antes do último fechamento, havia sido divulgado um índice importante de inflação para o FED, o banco central estadunidense. Houve leve recuo da inflação naquele país.
Porém, no Brasil, o Presidente da República incorreu mais uma vez em repetidas críticas ao presidente do Banco Central (Bacen), pelos juros altos. Com a proximidade do fim do mandato de Campos Neto, presidente do Bacen, o mercado interpreta que o novo indicado do Presidente Lula possa render a autonomia do Banco Central a interesses políticos e, por exemplo, baixar a taxa de juros para satisfazer o chefe do Poder Executivo. Isto resulta em uma sinalização de instabilidade ao investidor.
O Banco Central brasileiro também divulgou o resultado das contas públicas de maio, cujo déficit primário subiu. Ou seja, reforçou-se a preocupação com a capacidade brasileira de pagamento da dívida, financiada, entre outros, por todos aqueles que compram títulos públicos e que, portanto, “emprestam” dinheiro ao setor público. Até o momento, não houve intervenções do Banco Central sobre a escalada do dólar.
As cotações são da companhia Morningstar.
*com informações da Agência Brasil 61
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