Uso combinado de medicamentos antivirais inibidores de polimerase e exonuclease (pibrentasvir, ombitasvir, sofosbuvir, remdesivir, favipiravir, molnupiravir e AT-527) pode agir sobre a enzima que permite que o coronavírus se espalhe no organismo, reduzindo em 10 vezes a replicação do micro-organismo.
Essa descoberta faz parte de um estudo publicado em 22 de fevereiro na revista científica Communications Biology.
“Nós estudamos inibidores de uma enzima essencial para a biologia do SARS-CoV-2, a exonuclease, que permite maior estabilidade genética ao vírus e o ajuda a selecionar variantes virais, como aquelas que escapam da respostas imunes do organismo, por exemplo”, explica o pesquisador Thiago Moreno Souza, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, um dos autores do estudo, citado pelo site da Agência FIocruz de Notícias.
Para compreender as formas de combater a replicação do vírus, os cientistas desenvolveram modelos computacional, enzimático e celular, que mostraram que um grupo de fármacos usados para tratar hepatite C também pode inibir a enzima do novo coronavírus.
No estudo, as combinações dos remédios apresentaram bons resultados. “Ao combinarmos os medicamentos que já eram conhecidos inibidores da RNA polimerase com as substâncias reposicionadas para bloquear a exonuclease, tivemos resultados promissores que merecem investigações aprofundadas do ponto de vista clínico”, ressalta Thiago.
Agora, os pesquisadores investigam se as descobertas podem ser demonstradas em um modelo animal. Em caso de resultado positivo, poderão seguir para ensaios clínicos, já que os medicamentos estudados são aprovados para tratar outras infecções.
Leia mais:
Dose de reforço da CoronaVac gera 90% de proteção em pacientes com doenças reumáticas autoimunes
Vanessa Ataídes, dona do 'maior bumbum do Brasil', diz ter sido xingada na rua