130 mil hospitalizações

Falta de saneamento matou quase 1,5 mil pessoas no Brasil em 2021

Da Redação
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Publicado em 09/04/2023 às 12:39.

A falta de saneamento é responsável por aumentar a incidência de infecções gastrointestinais e doenças transmitidas por mosquitos e animais. Além disso, o descarte irregular do esgoto e a ausência de água tratada provocam doenças que afetam diretamente a qualidade de vida de crianças, jovens e adultos. Levantamento do Instituto Trata Brasil aponta que 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e quase 100 milhões sofrem com a ausência de coleta de esgoto.

Dados do DataSUS 2021, apresentados pelo painel “Saneamento Brasil” do instituto, mostram que houve quase 130 mil hospitalizações em decorrência de doenças associadas ao saneamento em 893 localidades avaliadas. Foram registradas ainda 1.493 mortes. A incidência das doenças chega a 6,04 casos por 10 mil habitantes, o que gerou cerca de R$ 55 milhões de gastos para o país.

Na região Sudeste, foram 20.813 internações em 2021 por doenças associadas à água contaminada. O número de pacientes que não resistiram e morreram chegou a 397, além de custo para os cofres públicos de cerca de R$ 6 milhões.

Além das implicações imediatas sobre a saúde e a qualidade de vida da população, a falta de água potável e de coleta e tratamento de esgoto têm impacto direto sobre o mercado de trabalho e sobre as atividades econômicas que dependem de boas condições ambientais para o seu pleno exercício. De acordo com o Instituto Trata Brasil, enquanto a renda média do trabalhador que vive em áreas com saneamento chega a R$ 2.859,78, para quem não tem acesso ao serviço, o salário médio é de R$ 486,37.

O levantamento do instituto aponta ainda que 84,2%  da população brasileira tem acesso à água (tratada ou não) e 44,2% não contam com coleta de esgoto.

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