Economia

Fiemg divulga balanço da indústria em 2022 e projeta cenário para o próximo ano em Minas

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
22/12/2022 às 14:07.
Atualizado em 22/12/2022 às 14:18
 (Reprodução)

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A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou nesta quinta-feira (22) o balanço do setor em 2022 e as projeções para o ano que vem. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas cresça 1,3% em 2023. 

Neste ano, o PIB deve fechar com aumento de 4,6%. O salto é impulsionado pela agropecuária. Outros setores, como a indústria extrativa e de transformação, vão sofrer uma queda de quase 1%.

“Basicamente, uma taxa de juros alta na indústria de transformação inviabilizou qualquer investimento produtivo”, explicou João Gabriel Pio, economista chefe da Fiemg.

Para 2023, a instituição projeta que a economia mineira sofra uma desaceleração. “A performance dos serviços que irá impulsionar a atividade econômica em 2022 não terá a mesma força em 2023. Nossa projeção é apenas de um leve aumento na indústria”, disse o economista.

Dúvidas para o futuro

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, também participou do evento. Ele criticou decisões tomadas pelo novo governo, que assume em janeiro, que podem afastar investimentos.

“O cenário de incertezas políticas também traz uma nuvem para os investidores. Ainda não está impactado nos números, mas houve uma redução de expectativa de investimento dos empresários. As primeiras decisões do governo deixam os setores muito apreensivos, todo mundo sem saber entender os fatos e que não estão indo na direção correta. Várias medidas fundamentais para o Brasil sair da crise melhor que outros países começam a ser abaladas”, contou. 

Roscoe disse que essas novas políticas afetam os investidores, apesar de não mudar o panorama de quem já está com projetos em andamento.

“Houve uma mudança considerável do humor daqueles que investem. Todo mundo vai sentar e esperar. Grandes investimentos não vão parar, mas, um novo ciclo de expansão vai aguardar uma definição melhor da política econômica do próximo governo”, disse o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. 
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